Futilidade ou o naufrágio do Titan
Morgan Robertson
RESENHA

Futilidade ou o naufrágio do Titan, de Morgan Robertson, é mais do que uma simples narrativa; é um grito dentro da tempestade, uma análise visceral do que a vaidade humana pode acarretar. Publicado em um contexto onde as grandes embarcações simbolizavam a glória e o poder, Robertson, com sua prosa mordaz, antecipa o desastre que estava prestes a se materializar na realidade. Um esforço literário que, mesmo hoje, ressoa em nossos corações com a sua força premonitória, clamando por atenção e reflexão.
A história gira em torno do navio Titan, uma poderosa embarcação, quase uma metáfora da arrogância da era moderna, que ignora os avisos da natureza e dos próprios humanos. O Titanic, que viria a se tornar um ícone do fracasso e da tragédia, é ecoado com precisão assustadora nas páginas deste livro de 112 páginas. Robertson tece um enredo que é ao mesmo tempo uma obra de ficção e uma profecia sobre o naufrágio da humanidade em sua busca incessante por poder e riqueza. É um convite ao leitor para encarar de frente os próprios medos, e entender que, em nossa futilidade, podemos nos afundar.
Os comentários dos leitores são variados, mas muitos se impressionam com a habilidade de Robertson em misturar realidade e ficção. Críticas emergem sobre a ousadia do autor em prever o desastre de forma tão precisa, enquanto outros se maravilham com a sua capacidade de criar uma narrativa tão densa e reflexiva em um formato tão curto. É impossível não sentir a vertigem ao ler um livro que, em 1898, vislumbrou tragédias que ainda hoje reverberam em nossa sociedade, marcada por seus erros repetidos.
O cenário da virada do século XIX e do início do século XX era um caldeirão fervente de inovações e esperanças, mas também de arrogância e descaso. O progresso estava em alta, e a cultura da época exaltava a capacidade do homem de dominar a natureza. Robertson, no entanto, desafia essa noção, sugerindo que a verdadeira futilidade reside na crença de que podemos controlar tudo ao nosso redor. A humanidade, muitas vezes, esquece de olhar para os alertas, sucumbindo ao mesmo tempo à tentação da grandeza e ao orgulho que precede a queda.
Nesse contexto, a leitura de Futilidade ou o naufrágio do Titan torna-se um ato de reflexão profunda. A obra nos força a confrontar nossos próprios naufrágios pessoais e coletivos. Afinal, o que estamos fazendo para evitar que a história se repita? Ao mergulhar no universo deste livro, você não apenas lê; você sente a pressão do mar, ouve o lamento das almas perdidas em busca de salvação e percebe a fragilidade de sua própria existência.
Ao final da leitura, fica a sensação de que a futilidade é um peso que todos carregamos, uma lição que precisa ser repetida incessantemente. A obra de Robertson transcende o tempo e nos provoca a questionar: o quanto estamos dispostos a ignorar os sinais que o destino nos apresenta? 💥 Num mundo onde a superficialidade parece reinar, essa história é um chamado urgente para que repensemos nossas próprias trajetórias e escolhas. Se você ainda não se permitiu viver essa experiência literária, é hora de correr atrás e entender que a verdade, mesmo que incômoda, é sempre libertadora.
📖 Futilidade ou o naufrágio do Titan
✍ by Morgan Robertson
🧾 112 páginas
2013
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