Games viciam. Fato ou ficção?
Ivelise Fortim; Lucia Santaella
RESENHA

Em um mundo em que os jogos eletrônicos se tornaram parte essencial da cultura contemporânea, a pergunta derradeira ecoa: Games viciam. Fato ou ficção? A obra de Ivelise Fortim e Lucia Santaella é uma reflexão profunda e necessária, que não apenas discute o impacto dos jogos na sociedade, mas também desvela os meandros emocionais e psicológicos que envolvem essa relação entre jogadores e suas telas.
Aqui, não estamos simplesmente lidando com uma análise sobre jogos, mas sim com uma exposição vibrante das consequências que o vício pode trazer. Os autores mergulham nas experiências de jovens e adultos que, ao longo de suas jornadas, se tornam reféns de maratonas intermináveis de jogatina. A obra provoca uma catarse ao intercalar relatos de vida real, trazendo à tona a luta íntima de muitos gamers em um mundo que frequentemente minimiza suas batalhas internas.
Você sentirá seu coração bater mais rápido a cada página lida, enquanto as páginas de Games viciam revelam que essa não é apenas uma questão de entretenimento, mas uma verdadeira questão de vida e saúde mental. Os relatos e estudos apresentados provocam uma reflexão séria sobre os limites entre o jogo e a realidade. O leitor é confrontado com dados impressionantes, que desmistificam a ideia de que o vício em jogos é uma mera fantasia. É real. É palpável. E pode ser devastador.
Dentre os comentários de leitores fervorosos, há quem defenda a crítica direta à indústria dos jogos, acusando-a de criar um ecossistema que favorece comportamentos viciantes. Por outro lado, há também aqueles que veem o livro como uma abordagem tendenciosa, que ignora as nuances positivas que os jogos podem trazer, como trabalho em equipe e desenvolvimento de habilidades cognitivas. Ambos os lados levantam questões pertinentes, transformando esta obra em um campo de batalha ideológico.
O contexto histórico em que o livro foi escrito é igualmente intrigante. Publicado em 2020, em meio a uma pandemia que fez com que as interações sociais fossem limitadas, o tema se torna ainda mais urgente. Jogos online floresceram durante esse período, e muitos se perguntaram: será que este é o novo normal? Fortim e Santaella conseguem, com perspicácia, entrelaçar esses acontecimentos com suas argumentações, criando uma teia complexa que reflete a nova realidade.
Em algumas passagens, ao explorar a psicologia do gamer, a trama se torna quase poética. Você se verá refletindo sobre sua própria relação com os jogos, sentindo um misto de empatia e alerta. O que deveria ser um momento de distração se transforma em um convite à autorreflexão do mais profundo tipo.
Se você ainda não teve tempo para se aprofundar em Games viciam, prepare-se para uma montanha-russa de emoções que desafiará suas crenças sobre o que significa ser um jogador nos dias de hoje. Por meio de uma prosa envolvente e desafiadora, Fortim e Santaella criam não apenas um livro, mas um manifesto.
Rompa com a zona de conforto e deixe-se levar por essa investigação impactante, que ilumina os cantos sombrios da sua paixão por jogos. Afinal, como vai ficar sua vida quando entender que, para muitos, o jogo ultrapassou as barreiras do entretenimento e se tornou uma prisão invisível? 🕹✨️
📖 Games viciam. Fato ou ficção?
✍ by Ivelise Fortim; Lucia Santaella
🧾 74 páginas
2020
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