GAVETA
MARÍLIA MOSCHKOVICH
RESENHA

GAVETA é mais do que um simples livro; é um mergulho nas minúcias da alma humana, uma exploração de memórias, sentimentos e a complexidade de todos os objetos que guardamos, literalmente e figurativamente, em nossas gavetas. Com apenas 54 páginas, Marília Moschkovich instiga o leitor a abrir não apenas sua gaveta metafórica, mas a própria história íntima de cada um.
A autora, com uma habilidade impressionante, faz da escrita um ato de coragem. É como se cada palavra pulsasse com a energia de um desabafo coletivo, nos levando a refletir sobre o que realmente significa guardar algo. 💔 O que está escondido nas profundezas dessa gaveta que você tem em casa? São lembranças, velhas emoções, ou, quem sabe, o peso do que não conseguimos mais carregar? Nessa obra, Moschkovich transforma objetos comuns em símbolos de nossa vivência e do que deixamos para trás.
Os leitores, em sua maioria, não conseguiram conter as emoções ao se depararem com essa prosa poética e visceral. Muitos falam sobre a sensação de um 'despertar', como se a autora tivesse aberto uma porta que estava devidamente trancada. Alguns críticos, no entanto, apontam que a profundidade do tema poderia levar a um maior desenvolvimento. Mas é precisamente essa brevidade que encanta e provoca; ela não se perde em detalhes supérfluos, mas sim abraça a essência do que realmente importa: o que somos e o que guardamos.
O contexto em que GAVETA foi escrito - uma era de tanta superficialidade e consumismo - torna a leitura ainda mais relevante. Em uma sociedade que constantemente nos tenta a descartar o que não se usa, Moschkovich nos convida a olhar com carinho para cada objeto, cada lembrança. O que parece banal pode, na verdade, ser a chave para compreender quem somos e o que nos molda. 🔑
Uma passagem particularmente impactante fala sobre um relógio quebrado que sempre esteve lá, mas que, por não funcionar mais, foi relegado ao fundo da gaveta. Essa metáfora poderosa evoca a fragilidade do tempo e a forma como lidamos com momentos que não podem ser recuperados. A cada página, a autora resgata histórias de vida que poderiam estar perdidas entre as tralhas do cotidiano, inspirando a reflexão e, por que não, o lamento por tempos que não voltarão.
Os comentários de leitores variam de experiências emocionais profundas a sentimentos de uma nostalgia pungente. Muitos afirmam que GAVETA os fez olhar para suas próprias gavetas com um novo entendimento; um deles até se atreveu a afirmar que a leitura era "uma viagem ao interior do eu", tornando esta obra uma verdadeira terapia literária. Quanto aos críticos mais severos, a limitação de páginas foi frequentemente citada como um entrave, mas isso, ao final, parece ser mais uma provocação do que uma crítica.
Leia GAVETA e descubra como cada objeto é uma história não contada e como, às vezes, precisamos desenterrar nosso passado para entender nosso presente. 🗝 É nesse espaço entre o que está guardado e o que está esquecido que a vida se entrelaça em um tecido feito de memórias, experiências e sonhos.
Essa obra não é um convite apenas para ler, mas para refletir. O chamado de Moschkovich ecoa e persiste: o que você está disposto a resgatar das profundezas da sua gaveta? Não se intimide; a gratificação pode estar nas coisas mais simples. GAVETA é, sem dúvida, um desafio à sua percepção do que significa realmente guardar.
📖 GAVETA
✍ by MARÍLIA MOSCHKOVICH
🧾 54 páginas
2019
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