Gênero, Patriarcado, Violência
Heleieth Saffioti
RESENHA

Em pleno século XXI, o estudo da opressão feminina ainda é inovador, desafiador e, acima de tudo, urgente. Heleieth Saffioti em "Gênero, Patriarcado, Violência" nos arrasta para um turbilhão de realidades cruas que muitos ainda se recusam a olhar de frente. Prepare-se, porque este livro não é só uma leitura; é uma vivência.
Você será confrontado pelas palavras fulminantes de Saffioti, um dos grandes pilares do feminismo no Brasil. Já no primeiro capítulo, perceba como ela desnuda o patriarcado com a precisão de um bisturi, revelando feridas profundas que sangram na sociedade. É como enxergar a sociedade por um raio-X que fere e ilumina ao mesmo tempo. 😱
Aí você me pergunta, por que ler mais um livro sobre machismo e violência de gênero? Bem, quando foi a última vez que você realmente parou para refletir sobre como essas estruturas se entrelaçam e perpetuam? Quando seu melhor amigo fez uma piada "inofensiva", Saffioti já tinha desconstruído esse humor tóxico há décadas. 💥
Saffioti não apenas delineia teoricamente a noção de patriarcado. Ela humaniza, dá rostos, nomes e histórias às estatísticas. Cada número é uma vida, uma luta, um grito sufocado. Cada capítulo é um tapa na cara, uma chamada à ação, uma urgência que se torna palpável. 🚨
Leitores criticaram o livro por ser uma "coletânea de pessimismo." Alegam ser incômodo, pesado. E é justamente aí que reside o poder transformador da obra! Incomoda porque mexe nas entranhas de sistemas envelhecidos e precariza o nosso conforto anestesiado diante de desigualdades grotescas. 🗣
Outros defensores apaixonados, como a socióloga Silvia Federici, reconhecem na obra uma bússola para entender a interseccionalidade de gênero e classe na violência. E se Federici, um ícone em estudos sobre trabalho e feminismo, endossa, quem sou eu -ou você- para discordar?
Saffioti já estava de mãos dadas com autores como Judith Butler e bell hooks bem antes de o termo interseccionalidade ser popularizado. Sua obra reverbera nas palestras de Angela Davis e nas távolas redondas de feministas de todo o mundo. Pode sonar exagerado, mas não ler este livro é abrir mão de uma chave crítica para entender o presente. 🔑
Na hora de abrir o livro, esteja preparado. Sim, preparado para sentir empatia às lagrimas, raiva sufocante e, acima de tudo, um desejo desesperado de transformar a realidade. "Gênero, Patriarcado, Violência" é mais do que páginas encadernadas; é um manifesto, um espelho onde não temos como escapar do nosso reflexo cruento. 😳
Se atravessar a leitura fácil foi para você, parabéns. Mas se algum capítulo te fez refletir, chorar ou bater na mesa -é aí que reside o triunfo derradeiro desta grande obra. A transformação começa agora. Basta você aceitar o convite de Saffioti.
📖 Gênero, Patriarcado, Violência
✍ by Heleieth Saffioti
🧾 158 páginas
2015
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