Gorda não é palavrão

Fluvia Lacerda

Gorda não é palavrão é mais do que um manifesto; é um grito pulsante que ecoa na alma da sociedade contemporânea. Fluvia Lacerda, com sua prosa afiada e visceral, não apenas aborda a questão do corpo, mas também mergulha fundo nas feridas abertas que a cultura atual insiste em ignorar. Com uma narrativa que é ao mesmo tempo confessional e provocativa, Lacerda nos convida a desafiar os padrões de beleza impostos e a celebrar a autenticidade.

Neste livro, ela transforma a palavra "gorda" em um símbolo de resistência. E é aqui que você se vê, leitor, diante de uma luta que é sua também: a batalha contra o estigma que acompanha os corpos não conformes. Fluvia nos mostra que a gordofobia não é apenas um ataque ao corpo, mas um ataque às emoções, à dignidade e ao direito de existir plenamente em um mundo que insiste em tecer seus próprios conceitos de beleza.

As páginas são repletas de histórias que tocam a ferida da autoestima e da aceitação. Essa não é uma leitura leve; é uma viagem emocional que pode provocar lágrimas de raiva ou de libertação. As críticas que Lacerda recebe por seu corpo e sua presença arrebatadora na indústria da moda são, em última análise, uma crítica a cada um de nós, que muitas vezes reproduzimos vozes opressoras. Há algo de extraordinário e transformador na maneira como ela decide, literalmente, vestir sua verdade, fazendo com que a dor se converta em força.

Os comentários dos leitores são um mix de elogios fervorosos e algumas críticas mais reservadas, refletindo a polarização em torno de temas tão delicados e relevantes. Enquanto alguns celebram a coragem e a autenticidade da autora, outros levantam questões sobre a abordagem dela, questionando até que ponto seu discurso é inclusivo para todas as formas de corpo. Este é um reflexo da batalha maior travada por aqueles que buscam um espaço no mundo, um espaço que Fluvia não apenas reivindica, mas conquista com garra e determinação.

Em um momento de autoafirmação, Lacerda explora a intersecção entre moda e identidade, fazendo com que cada leitor reflita sobre suas próprias experiências com o corpo e como isso se relaciona com a sociedade. A obra ressoa especialmente em tempos de revolução digital, onde as plataformas sociais se tornaram campos de batalha para a aceitação do corpo e a redefinição da beleza. É um chamado à ação, um convite para que olhemos uns aos outros com empatia e amor, não com o olhar crítico que muitas vezes pesa sobre nós.

Gorda não é palavrão não é apenas um livro; é um manifesto de amor próprio que nos empodera a gritar, a dançar e a ocupar os espaços que nos foram negados. Ao terminar essa leitura, você se verá não apenas como um leitor, mas como um participante ativo de uma luta maior pela aceitação e pela celebração de todas as formas e tamanhos. O que você está esperando para se juntar a esse movimento? 🌟

📖 Gorda não é palavrão

✍ by Fluvia Lacerda

🧾 112 páginas

2017

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