História universal da infâmia (1935)
Jorge Luis Borges
RESENHA

História universal da infâmia é muito mais do que um amontoado de palavras; é um poderoso convite à reflexão sobre as sombras da humanidade. Escrito por Jorge Luis Borges em 1935, essa obra carrega consigo a marca indelével do autor argentino, que é capaz de transformar histórias esquecidas em crônicas inquietantes e provocativas.
Borges nos propõe um panorama fascinante e perturbador, onde a infâmia se torna a protagonista de histórias verídicas de personagens muitas vezes esquecidos pela história. É nessa dança macabra entre a realidade e a ficção que o autor brilha com sua prosa afiada. Cada conto revela uma face da infame condição humana, fazendo o leitor questionar até onde podem ir as atrocidades permitidas pelo ser humano em seu caminho em busca de poder, fama ou redenção.
Ao longo das narrativas, o leitor é apresentado a figuras históricas que, mesmo sob a luz do desprezo, são dotadas de uma complexidade que fascina e aterroriza. É a habilidade de Borges de instigar a curiosidade, de expor camadas ocultas da moralidade, que faz com que cada página de História universal da infâmia ressoe como um eco no abismo da alma. Não há como escapar do incômodo que essa leitura provoca; é um chamado à consciência.
Os comentários dos leitores refletem a intensidade da experiência proporcionada por Borges. Muitos expressam que sairão da leitura revigorados e angustiados, prontos para confrontar seus próprios demônios. As opiniões variam entre aqueles que celebram a forma lírica e engenhosa do autor, e os que, perplexos, criticam a suposta frieza de suas abordagens. Contudo, a polêmica não faz mais do que adicionar combustível ao fogo da admiração que envolve a obra.
Esse embate entre admiradores e críticos é parte do que torna História universal da infâmia tão irresistível. Você se vê em uma montanha-russa emocional, onde cada curva traz à tona um novo aspecto da natureza humana, como se fosse um espelho distorcido que reflete nossos próprios vícios e virtudes.
Borges, em seu estilo inconfundível, não se limita a contar histórias; ele nos fornece um mapa de nossas próprias infâmias. E assim, ao terminar esta obra, você pode se sentir um pouco mais leve ou talvez mais apesado, mas uma certeza permanece: suas percepções sobre o que define a infâmia e a virtude estarão inegavelmente transformadas. É impossível não sentir que você fez uma viagem pelas entranhas da história, um verdadeiro passeio pelo grotesco e pelo sublime.
Se você busca uma leitura que desafie suas crenças e amplie seus horizontes, essa obra não é uma opção; é uma necessidade. Afinal, o que é a infâmia senão um convite à reflexão sobre quem somos e o que somos capazes de fazer? Não deixe essa chance passar; cada página é um portal para novas descobertas - e talvez, para a sua própria história.
📖 História universal da infâmia (1935)
✍ by Jorge Luis Borges
🧾 96 páginas
2012
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