Justiceiro por Garth Ennis Vol. 2 (de 3)
Steve Dillon
RESENHA

Justiceiro por Garth Ennis Vol. 2 é uma viagem visceral ao coração sombrio da justiça e da vingança. Você é puxado para um universo onde moralidade é apenas uma sombra, e o heroísmo se mescla ao anti-heróico de maneira brutal e fascinante. A crueza deste graphic novel, escrita por Garth Ennis e com os magníficos traços de Steve Dillon, é um convite irrecusável para mergulhar na linha tênue entre o certo e o errado.
Em um cenário onde a violência grita em cada página, o Justiceiro, ou Frank Castle, não apenas se revela como um executor implacável de sua própria justiça, mas como um reflexo dos conflitos internos que habitam a psique humana. Cada cena é uma explosão de adrenalina; os leitores podem quase sentir o calor da luta e o peso de cada tiro disparado. Ennis não poupa detalhes, e isso força você a encarar as consequências de tal brutalidade. Acompanhando Frank, você não é mero espectador - você se torna parte da narrativa, experimentando a dor e a raiva que o consomem.
Os diálogos ágeis e impactantes de Ennis fazem sua alma vibrar, desnudando não apenas a vilania dos inimigos de Frank, mas também suas próprias fraquezas. A forma como ele explora o conceito de justiça e vingança é uma crítica aguda à sociedade. É impossível não refletir sobre valores que você aceita sem questionar. Você se encontra confrontado com questões existenciais que não podem ser ignoradas.
Por trás das balas e das explosões, a arte de Dillon traz tudo isso à vida de maneira extraordinária. Suas ilustrações são um espetáculo à parte, com expressões que falam mais do que mil palavras. Cada linha, cada sombreamento, é um convite para sentir a intensidade de cada cena. Você pode quase ouvir o eco das balas enquanto se perde na narrativa.
Os comentários dos leitores variam entre a adoração e a crítica. Há quem defenda a brutalidade da história como uma representação fiel das realidades sombrias e da complexidade do ser humano. Por outro lado, alguns argumentam que a violência exacerbada pode levar a uma normalização de comportamentos violentos. Esses pontos de vista opostos enriquecem o debate sobre a obra, mostrando que, mesmo dentro de um contexto de ficção, a percepção do que é certo e errado é profundamente pessoal e moldada por experiências de vida.
Neste segundo volume, o Justiceiro enfrenta adversários que não são apenas físicos, mas também ideológicos. O leitor se vê compelido a ponderar: até onde você iria para proteger aqueles que ama? A linha entre amor e vingança se torna cada vez mais tênue, e a sua própria moralidade pode ser testada a cada página virada. Isso provoca um turbilhão de emoções - raiva, compaixão, tristeza - que o acompanharão muito depois de fechar o livro.
O que fica claro é que Justiceiro por Garth Ennis Vol. 2 não é apenas um quadrinho; é uma provocação ao pensamento crítico. É um lembrete de que, em um mundo permeado por injustiças e horrores, a luta pela justiça pode ser um caminho solitário e sangrento. E você? Até onde você iria? Prepare-se para um intenso despertar emocional que irá deixar marcas indeléveis em sua mente.
📖 Justiceiro por Garth Ennis Vol. 2 (de 3)
✍ by Steve Dillon
🧾 424 páginas
2022
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