Lembrar é agir

Memória, verdade e direitos humanos

Alejandra Esteves

Lembrar é agir: Memória, verdade e direitos humanos não é uma simples obra literária; é um grito ecoando pelos vales sombrios do esquecimento e da injustiça. Alejandra Esteves, uma costureira de memórias, tece uma tapeçaria pungente e visceral sobre a importância da memória coletiva. Não se trata de um livro, mas de uma jornada de 392 páginas que atravessa os tempos e os muros da indiferença.

Esteves mergulha fundo em águas turbulentas onde a verdade e os direitos humanos se encontram, trazendo à tona a urgência de lembrar. Para quem achava que direitos humanos é só um clichê de roda de conversa, esse livro arranca o véu da ignorância e te obriga a encarar a crua realidade. Alejandra não pede licença; ela te arrasta para dentro de histórias que perfuram a alma e te deixam sem chão.

A autora não apenas examina a memória como um conceito abstrato; ela desentranha casos reais, cérebros pulsantes, corações que ainda batem, como o de uma criança sobrevivente de genocídio ou do ativista que deu seu último suspiro gritando por justiça. É um livro que faz você sentir, ouvir o eco dos gritos silenciados pelo tempo, ver as sombras dos esquecidos. Esteves coloca um holofote sobre as cicatrizes que tentamos esconder e muitas vezes esquecemos que carregamos.

Ao abrir este livro, você se sentirá envolto numa atmosfera intensa e esmagadora. Não há como evitar as lágrimas quando você se depara com a crueza dos relatos, a violência das verdades ocultas. E não, você não vai encontrar alívio ou redenção fácil; vai encontrar um espelho refletindo a sociedade que preferimos não ver.

Alejandra Esteves acaba com qualquer ilusão de neutralidade. Ela vai te confrontar com a complacência e a inação, incitando uma raiva justa, uma indignação que te move a agir. Esse livro influenciou ativistas como Maria da Penha e organizações como a Anistia Internacional, que encontraram nele um escudo contra o esquecimento.

A leitura de Lembrar é agir é uma escalada emocional, uma experiência visceral que te obriga a confrontar os fantasmas do passado e a lutar por um futuro onde a verdade e os direitos humanos não sejam apenas palavras vazias. Este é um livro para ser devorado, refletido e, acima de tudo, para te impulsionar à ação.

Esteves não dá espaço para a indiferença. Cada página, cada relato é um convite - ou melhor, uma convocação - para que você se levante e faça a diferença. Vá em frente, arrisque-se a ler. Mas esteja preparado: você não será o mesmo após virar a última página. E a verdade? A verdade é que você não vai querer ser o mesmo. 🌪

📖 Lembrar é agir: Memória, verdade e direitos humanos

✍ by Alejandra Esteves

🧾 392 páginas

2020

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