Liberdade, Liberdade
Millôr Fernandes; Flavio Rangel
RESENHA

Liberdade, Liberdade não é apenas uma obra; é um grito visceral de liberdade que ecoa em cada página. Numa sociedade presa a convenções, a colaboração entre Millôr Fernandes e Flavio Rangel se materializa em um texto que vai além da mera leitura: é uma experiência transformadora que desafia os padrões e questiona os limites da existência.
Através de diálogos ágeis e uma dramaturgia que reverbera a agonia de seres humanos em busca de autonomia, essa obra se desenrola em um cenário repleto de tensões e paradoxos. O que é liberdade? Uma pergunta tão antiga quanto a humanidade, mas aqui, Millôr e Rangel a exploram com uma irreverência que já se tornou marca registrada de suas obras. Os personagens dançam entre a esperança e a desesperança, como um fado trágico que ecoa nos corações de todos nós.
É impossível não sentir as emoções pulsantes que emanam a cada ato. O texto não se limita a discutir conceitos abstratos; ele mergulha na vida, nas dores e anseios de cada personagem, fazendo você se identificar e sentir a angústia de lutar contra as correntes invisíveis que nos aprisionam. Os leitores, ao se depararem com as críticas sociais e os questionamentos éticos, não conseguem evitar uma reflexão profunda sobre suas próprias vidas, como um espelho que reflete a luta constante por libertação.
Comentários de leitores que se aventuraram por essa obra revelam uma ampla gama de reações. Enquanto alguns exaltam o estilo provocador e a sagacidade das falas, outros se sentem desafiados pela intensidade da narrativa. Esse embate é um reflexo da própria sociedade, onde a liberdade de expressão é frequentemente colocada à prova. Ninguém sai ileso ao ler Liberdade, Liberdade.
A relevância desta obra é ainda mais impactante ao considerarmos o contexto em que foi escrita. Nos anos 90, o Brasil vivia uma transição política e cultural, e a luta por direitos estava em evidência. Millôr e Rangel, figuras icônicas da cena cultural brasileira, se tornaram vozes de uma geração que não aceitava mais os grilhões da opressão. Ao reler a obra, não posso deixar de me perguntar: será que aprendemos com os erros do passado? Que tais questionamentos ainda são pertinentes na sociedade simultaneamente moderna e arcaica em que vivemos?
Por fim, Liberdade, Liberdade se impõe como um convite a se libertar das amarras mentais que nos são impostas diariamente. Um convite a gritar, a questionar e, principalmente, a viver uma vida plena. Não permita que essa obra passe ao largo de sua vida. Abrace a oportunidade de refletir, sentir, e talvez, assim como seus personagens, encontrar sua liberdade.
📖 Liberdade, Liberdade
✍ by Millôr Fernandes; Flavio Rangel
🧾 128 páginas
1997
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