Literatura, meu fetiche
Italo Moriconi
RESENHA

A literatura é um fetiche, um prazer oculto que aguarda ser desvelado e explorado em cada página. Literatura, meu fetiche, de Italo Moriconi, é uma celebração ardente e provocadora desse vínculo íntimo entre o leitor e os livros. Neste tom apaixonado, Moriconi não apenas discorre sobre hinos e sabores literários, ele nos provoca a sentir, a viver e a nos entregarmos ao calor das palavras.
O autor, que traz em sua bagagem a vivência e a experiência de décadas devotadas ao ofício da escrita e da reflexão, compartilha sua visão: a literatura transcende as linhas e as páginas. Ela é um universo pulsante que nos absorve e transforma. Moriconi mergulha num labirinto de experiências e sentimentos, onde cada autor, ao longo da história, deve ser um amante e um provocador da imaginação. Aqui, ele abraça o amor pela palavra escrita como um dos maiores vínculos da vida humana.
Os leitores que se aventuram nas páginas desse livro se deparam com reflexões fascinantes e uma crítica das convenções literárias que muitas vezes aprisionam o leitor. Moriconi questiona o que nos leva a ler, a escrever, e a nos apaixonar por histórias que muitas vezes nos tocam de maneira visceral. Os comentários sobre o livro são variados: enquanto alguns se encantam com a prosa mordaz e instigante do autor, outros o veem como um provocador, um inquieto que não aceita as regras do jogo literário.
Ao longo da narrativa, ele nos apresenta também uma galeria de autores e obras que marcaram a literatura mundial - de Dostoiévski a Hemingway, de Clarice Lispector a Jorge Amado. Cada menção é como um convite irresistível para um banquete literário que nos faz pensar até onde a paixão pela literatura nos leva. O próprio autor não hesita em escandalizar e instigar, utilizando palavras que cortam como lâminas e provocam reações visceralmente humanas.
Entre risos e lágrimas, é impossível não refletir sobre o impacto que a literatura exerce em nossa sociedade. Moriconi menciona como obras são capazes de mexer com a psique coletiva, levando-nos a questionar valores, crenças e até mesmo nossa própria identidade. Esse aspecto crítico desafia o leitor a não apenas absorver, mas a mergulhar de cabeça nas questões levantadas pela literatura.
Os trechos da obra nos geram uma inquietude prodigiosa, como um amor que nunca é satisfeito, sempre demandando mais. "Literatura, meu fetiche" é também um manifesto - um grito de liberdade do autor, que nos convoca a responder a essa chamada da escrita. "O que fazer, se não for para amar?", questiona, desafiando cada um de nós a se confrontar com suas próprias motivações e prazeres literários.
Gostou, não é? É um turbilhão! Aqueles que se lançam nessa leitura, sairão, com certeza, fisgados e transformados, como se tivessem descobrindo um novo amor. E você, leitor, não vai querer ficar de fora dessa experiência, vai?
📖 Literatura, meu fetiche
✍ by Italo Moriconi
🧾 251 páginas
2020
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