Longe, Aqui
Poesia Incompleta 1998-2019
Maria Esther Maciel
RESENHA

A obra Longe, Aqui: Poesia Incompleta 1998-2019 de Maria Esther Maciel não é apenas uma coleção de versos; é um convite ousado ao mergulho na profundidade da alma humana. Cada página pulsa com a intensidade das experiências vividas e dos anseios não resolvidos. Maciel, através de sua poesia intricada e visceral, conecta os corações ao testemunhar seu próprio percurso de vida ao longo de mais de duas décadas.
A autora, uma voz ressonante da literatura brasileira contemporânea, nos leva a caminhar por paisagens emocionais que oscilam entre a nostalgia e a fervorosa busca por sentido. As palavras de Maciel não são apenas frases soltas; elas são fragmentos de uma existência que se revelam em ecos de memórias, amores perdidos e esperanças renovadas. Com um estilo que transita entre a melancolia e o sopro da vida, a leitura se torna uma experiência íntima, quase como um sussurro na orelha.
Os leitores da obra frequentemente destacam a profundidade das reflexões propostas. As críticas vêm em tons diversos: enquanto alguns consideram a escrita de Maciel uma obra-prima cuja sutileza toca as fibras mais íntimas da vida, outros a acusam de ser um tanto obscura. A questão que surge é: até que ponto a ambiguidade é uma benção ou uma maldição nas artes?
É inegável que Longe, Aqui e seu título carregado de dualidade nos fazem refletir. O "longe" e o "aqui" se entrelaçam em um jogo de opostos que espelha a própria condição humana. Estamos sempre entre esses dois estados: o desejo de olhar para o passado e a urgência de viver o presente. Este é um aspecto que Maciel explora de forma brilhante, fazendo-nos sentir a fragilidade do tempo e a força das emoções que moldam nossa trajetória.
Neste contexto, a poesia de Maria Esther Maciel se revela como um poderoso antídoto contra a apatia do cotidiano. Ela tece suas estrofes com uma coragem notável, arriscando-se a expor fragilidades e vulnerabilidades. Essa ousadia ressoa e provoca: a poesia, mais do que nunca, é um campo de batalha onde se travam lutas profundas e fervorosas.
As emoções percorrendo as palavras de Maciel não deixam o leitor indiferente. A empatia emerge nas entrelinhas, instigando o leitor a olhar para dentro de si e confrontar suas próprias sombras. Ao longo da leitura, você talvez se pegue pensando: "Como isso me toca?" Essa conexão gera um não apenas um reconhecimento do outro, mas a descoberta de partes de si mesmo que estavam adormecidas.
E assim, Longe, Aqui: Poesia Incompleta se destaca como uma ponte entre o específico e o universal. O que Maria Esther Maciel compartilha com seu público é a beleza de ser humano em toda a sua complexidade. Aqueles que se aventuram por estas páginas saem transformados, armados com a consciência de que suas histórias não são solitárias, mas sim parte de um vasto tecido de experiências que nos une, mesmo na distância.
Ao virar cada página, as palavras de Maciel ecoam como um lembrete de que a vida, com suas dores e alegrias, merece ser vivida como uma forma de arte. E se você ainda não embarcou nesta jornada poética, está perdendo uma oportunidade única de se conectar com algo profundamente transformador. A poesia é um poder, e Maria Esther Maciel é a artista que nos ensina a usá-lo.
📖 Longe, Aqui: Poesia Incompleta 1998-2019
✍ by Maria Esther Maciel
🧾 314 páginas
2020
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