Maligno
Juliano Furlanetto
RESENHA

Maligno é um convite para dançar com o desconhecido, um mergulho em águas turvas onde cada página é uma armadilha, uma revelação, um apelo visceral ao que há de mais sombrio em nós. Juliano Furlanetto, com maestria, tece uma narrativa que transcende o que entendemos por horror, nos levando a uma jornada não apenas pelo terror, mas pelo confronto com as forças malignas que habitam a psique humana. A cada frase, somos confrontados com nossos próprios demônios, as sombras que, muitas vezes, preferimos ignorar.
Logo de início, você se vê preso a um enredo que é como uma teia intricada, onde a linha entre realidade e ficção se desfaz. Maligno não é apenas um livro; é uma experiência, um passe livre para os recessos mais obscuros da mente e do coração. As descrições de Furlanetto são tão palpáveis que conseguem evocar a sensação de medo e angústia que muitos tentam esconder. O autor cria personagens que se tornam espelhos de nossas próprias fraquezas, e isso, meus amigos, é aterrorizante.
Os leitores se debatem entre elogios e críticas ferrenhas. Alguns defendem que a obra é uma obra-prima do horror contemporâneo, um must-read para os aficionados pelo gênero. Outros, no entanto, ponderam sobre a fluidez da escrita e a profundidade dos personagens, argumentando que às vezes a trama parece se perder em sua própria complexidade. Essa dualidade aponta para um aspecto intrigante da narrativa: o que é o mal, e até onde estamos dispostos a ir para enfrentá-lo?
Mas a verdadeira força de Maligno é sua capacidade de incitar reflexão. O terror que se desenrola nas páginas não é apenas uma série de sustos; é um convite para que você olhe para o que pode ser perturbador dentro de você. A obra não teme abordar temas como solidão, arrependimento e a luta constante contra nossos instintos mais primitivos. Ao final, você pode se perguntar: o que é o maligno? Seriam os monstros que povoam a história ou seriam as sombras que habitam o fundo do nosso ser?
Não se deixe enganar pela simplicidade do início. Furlanetto, com sua habilidade inegável, joga o leitor numa montanha-russa de emoções. Cada reviravolta é um tapa na cara, um lembrete de que a vida é muito mais estranha do que a ficção. O término leva a um clímax que não é apenas chocante, mas também profundamente inquietante, fazendo você balançar no fio tênue entre a realidade e a ficção.
Prepare-se para um impacto emocional que pode deixar até os mais racionais questionando sua sanidade. Maligno não é para os fracos de coração. O livro exige que você entre de cabeça nesse universo cruel e intrigante, e ao sair, você pode não ser o mesmo. No final das contas, Furlanetto não apenas cria um momento de leitura, mas uma experiência que pode alterar sua própria dimensão da realidade.
Se você deseja entender o que o mal realmente é, precisa enfrentá-lo. E essa obra é a porta de entrada. Não perca a chance de confrontar não apenas os monstros da ficção, mas aqueles que nos habitam. O desejo de saber nos consome, e em Maligno, esse desejo se transforma em uma necessidade quase vital. Você está pronto para encarar o que está ao seu redor, mas principalmente, dentro de você? 🚪✨️
📖 Maligno
✍ by Juliano Furlanetto
🧾 216 páginas
2020
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