Mandinga, Manha & Malícia. Uma História Sobre os Capoeiras na Capital da Bahia

Adrianna Albert Dias

A essência da capoeira vibra em sincronia com os ecos do passado e as gingações do presente em Mandinga, Manha & Malícia, obra de Adrianna Albert Dias que é um verdadeiro convite à imersão na cultura afro-brasileira. Este não é apenas um livro; é um portal que te leva diretamente para os becos e praças da Bahia, onde capoeiristas se movem como se a própria história dançasse ao som de berimbaus e aplausos.

Ao embarcar nesta leitura, os detalhes da formação cultural dos capoeiras se desdobram como camadas de um rico prato baiano. Dias explora com maestria os desafios, as sublime malandragens e as complexidades identitárias enfrentadas por esses artistas da luta. Cada página revela os embates e as alegrias da vida nas ruas, na cura através do movimento e na celebração da cultura, enquanto nos instiga a sentir a expectativa de um próximo encontro no chão de uma roda.

Os comentários dos leitores são um testemunho contundente do impacto que a obra causa. Alguns exaltam sua capacidade de retratar a capoeira não apenas como uma luta, mas como uma forma de vida, uma filosofia de resistência. Outros, no entanto, apontam que a narrativa poderia ter explorado ainda mais a diversidade de vozes dentro desse universo tão rico. Essas diferentes perspectivas acrescentam uma dimensão crítica ao livro, mostrando que, mesmo em um espaço de aprendizado profundo, sempre há mais a dizer.

Ao desenrolar os laços entre o passado colonial e a resistência moderna, a autora não hesita em fornecer um panorama histórico que atravessa os séculos, gerando reflexões sobre a relevância da capoeira na luta contra a opressão. A obra se torna, assim, um grito por liberdade e identidade, penetrante como a ginga e o jogo.

A capoeira, como um fenômeno cultural, transcende seu caráter atlético e se transforma em um grito de guerra, um balé repleto de desvio e resistência. Cada movimento, cada canto registrado nas páginas de Dias, é um tributo à luta contínua de um povo. Estamos diante de uma história que é, parte dela, uma homenagem às múltiplas vozes que criam essa sinfonia vibrante, e em outra parte, uma chamada à ação e à conscientização.

'Tá pegando fogo?' É assim que nos perguntamos ao ler o relato. A paixão da autora transborda e nos incendeia; você, leitor, sente as chamas do desejo de entender mais, de mergulhar mais fundo nessa rica tradição. Portanto, não fique de fora dessa revolução cultural. Aborde a obra, deixe-se envolver por essa dança vibrante e descubra o que significa ser parte da história em constante transformação da Bahia.

📖 Mandinga, Manha & Malícia. Uma História Sobre os Capoeiras na Capital da Bahia

✍ by Adrianna Albert Dias

🧾 198 páginas

2005

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