Mentiras que parecem verdades
Umberto Eco; Marisa Bonazzi
RESENHA

Há livros que emergem como potentes lupas da realidade, destilando ilusões até revelar as verdades mais cruas e provocadoras das nossas construções sociais. "Mentiras que parecem verdades", de Umberto Eco e Marisa Bonazzi, é senciente ao explorar os fios invisíveis que tecem o tecido da opinião pública e a manipulação midiática. Prepare-se para um encontro visceral com suas próprias crenças e preconceitos ao embarcar nessa jornada literária. 🤯
A publicação datada de 1980 resgata um período em que a humanidade engatinhava nos campos da informação digital, desvelando como a máquina das fake news teve suas engrenagens montadas há décadas. Eco e Bonazzi nos guiam por um vale sombrio recheado de falsidades engenhosamente confeccionadas para enganar até os espíritos mais atentos. 🕵?♂️
Umberto Eco, mestre em semiótica e autor do emblemático "O Nome da Rosa", traz novamente seu gênio intelectual para dissecar com precisão cirúrgica as artimanhas de quem manipula a verdade. O escritor italiano não é apenas um narrador; é um arqueólogo minucioso, desenterrando os fósseis da mentira fossilizada na opinião pública. Marisa Bonazzi soma à essa deliberação uma voz de perspicácia aguda, oferecendo camadas adicionais de profundidade.
Ambientado num contexto onde véus de desconfiança pairam sobre instituições e personalidades, o livro obriga você a questionar várias "verdades" que tomamos por absolutas. 📜 O trovejar das palavras pulsa uma urgência para que cada leitor pondere: O que sabemos realmente? Quem define o que é realidade? 🌪 Esses questionamentos não se dissolvem ao fechar do livro; eles permanecem, latejando em sua mente, aguçando sua sede por um sentido autêntico numa era ensurdecedora de desinformação.
Os personagens não são apenas figuras fictícias, mas refletem as sombras das figuras públicas impregnadas em nosso cotidiano. Do jornalista corrupto ao político inescrupuloso, Eco e Bonazzi apresentam um tapeçaria moral onde a ética é moldável e a verdade é mercadoria dúbia nas prateleiras do poder.
O impacto global da obra transcende gerações. Não é exagero afirmar que "Mentiras que parecem verdades" influenciou mentes brilhantes como Yuval Noah Harari, cujas obras desdobram narrativas históricas expostas por Eco. Harari prossegue no trilhar desse pensamento, nos revelando "Homo Deus" e "Sapiens" que se debatem nas correntes da verdade e da ilusão, muito alinhado ao prelúdio filosófico proporcionado por Eco. 🌍✨️
Comentários de leitores fervilham na web, carregados de controvérsias e paixão. Alguns qualificam o livro como "um espelho angustiante da sociedade", enquanto outros criticam-no pela intensidade depressiva que pode infundir. 🪞 No entanto, todos convergem em um ponto: é uma leitura inesquecível que provoca desconforto, mas necessária como um colírio amargo que clareia a visão turva. 👁?🗨
Por fim, não se trata apenas de um livro; é um portal. Um acesso a um entendimento mais profundo que demanda de você, leitor ávido, uma posição ativa diante das "certezas" que o mundo te empurra goela abaixo. Cabe a você atravessá-lo e repensar seu papel no abismo de exageros e manipulações. Não o leia de maneira passiva. Devore suas páginas enquanto ele devora suas crenças. 📘🔥
📖 Mentiras que parecem verdades
✍ by Umberto Eco; Marisa Bonazzi
🧾 136 páginas
1980
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