Minha mãe fazia
Crônicas e receitas saborosas e cheias de afeto
Ana Holanda
RESENHA

Quando a memória nos leva às raízes da infância, nos deparamos com as experiências mais saborosas e afetuosas que construíram nossa essência. Minha mãe fazia: Crônicas e receitas saborosas e cheias de afeto, de Ana Holanda, é um convite à lida intimista e nostálgica, um mergulho em um universo onde cada prato é carregado de lembranças, amor e tradições que não devem se perder no tempo.
A obra traz à tona o cotidiano de uma família que se entrelaça pela gastronomia, revelando como a food culture se transforma em laços afetivos. São crônicas que, mais do que receitas, são histórias - cada capítulo é uma fatia da vida da autora, repleta de risadas, lágrimas e, principalmente, o cheiro inconfundível da comida feita com amor. Ao passar pelas páginas, seu coração se vê invadido por um turbilhão de emoções: a saudade das festas em família, o sabor daquela receita secreta que era só da sua mãe, e as conversas ao redor da mesa que serviam como farol de união e aconchego.
Ana Holanda tem o poder de te transportar para a cozinha da sua infância. Você consegue sentir o aroma do molho sendo preparado, o crepitar da panela e até os protestos da família exigindo que aquela iguaria, presente em cada festa, não ficasse de fora do cardápio. Aqui, cada receita é um ato de resistência, uma forma de manter vivas as tradições que moldaram vidas. É essa relação profunda, quase visceral, que se reflete na forma como os leitores têm comentado sobre a obra - muitos relatam um aperto no coração, lembrando da mãe ou avó que não estão mais, mas que ainda vivem através das receitas e dos momentos registrados no livro.
As críticas a esta obra são carinhosas e solidárias. Há quem diga que leem as crônicas como um ritual, recuperando sua própria história familiar e estacionando em memórias que muitas vezes gostaríamos que não se fossem. No entanto, existem vozes que apontam uma nostalgia excessiva, argumentando que poderia haver maior diversidade nas receitas, ou até uma exuberância maior de contextos regionais. Mas, ah, como a nostalgia é um ingrediente forte! Para muitos, essa é a essência do livro - uma ode à simplicidade e ao amor que se escondem nas pequenas coisas da vida.
Escrito sob a luz dos afetos e da memória coletiva, a obra de Ana nos obriga a enxergar que as relações familiares não se alimentam apenas de palavras, mas de tudo que preenche os espaços entre as sentenças. A comida serve como a ponte, um elo que nos liga ao passado e ao presente, e Minha mãe fazia nos ensina a abraçar essa conexão como uma vitalidade que ressoa em tudo que fazemos.
Ao colocar a leitura dessa obra em seus planos, você não apenas se aproxima do cotidiano de uma família, mas resgata parte de sua própria história. Ao final de cada crônica, fica uma sensação: a de que, mesmo nas despedidas, há sempre um prato para aquecer a alma e recordar o amor. Afinal, o que seria da nossa vida sem um pouco de tempero, feito com afeto? 🍲✨️
📖 Minha mãe fazia: Crônicas e receitas saborosas e cheias de afeto
✍ by Ana Holanda
🧾 225 páginas
2017
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