Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas
Direitos, trabalho, família e outras inquietações da mulher do século XXI
Ruth Manus
RESENHA

Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas: Direitos, trabalho, família e outras inquietações da mulher do século XXI, de Ruth Manus, se desdobram em páginas repletas de uma sinceridade devastadora e um olhar crítico afiado, que fazem ecoar as vozes de tantas mulheres que dia após dia enfrentam o peso de um mundo que insiste em silenciá-las. A autora, uma advogada e defensora dos direitos das mulheres, não hesita em expor a dura realidade, revelando que a exaustão feminina é muito mais que uma questão pessoal; é um reflexo de uma sociedade que, de forma implacável, cobra suas heroínas cotidianas por desempenhos mirabolantes em todas as esferas da vida.
O livro é uma lufada de ar fresco, um grito desesperado e poderoso que se levanta contra o estereótipo da mulher "chata", frequentemente rotulada por sua voz de descontentamento. Esse não é apenas um manifesto; é um tratamento profundo, quase terapêutico, que nos leva a entender os labirintos emocionais e profissionais que drenam a energia feminina em tempos tão desafiadores. Ruth mergulha em temas como direitos, trabalho, e a colossal tarefa de equilibrar vida profissional e familiar, tudo isso sob a lente da exaustão. Ela não apenas aponta os problemas, mas também provoca um incômodo necessário, forçando o leitor a refletir sobre as estruturas sociais que perpetuam essa exaustão.
Você já parou para pensar quantas vezes você ouviu que "as mulheres são complicadas", "chatas" ou "muito exigentes"? Isso é só um eco do cansaço que se acumula, uma forma de desviar o olhar da verdadeira questão: as mulheres estão sobrecarregadas! A autora destaca isso com exemplos cotidianos que fazem o leitor se sentir dentro dessa teia complexa de exigências. A escrita de Manus é incisiva, provocando uma série de emoções que vão da raiva ao reconhecimento.
Não é à toa que esta obra ressoou entre muitas leitoras e leitores, que encontraram ali um espelho do que sentem. O livro tem gerado debates fervorosos nas redes sociais, e os comentários vão desde a profunda identificação até críticas que pontos que poderiam ser mais elaborados. Algumas leitoras afirmam que as descrições de Manus refletem exatamente a batalha diária da mulher moderna, enquanto outras argumentam que, embora a exaustão esteja presente, existem nuances que merecem ser exploradas.
Quer um exemplo de ousadia? Manus se atreve a questionar a legitimidade das expectativas sociais que recaem sobre as mulheres, e isso é um convite à revolução interior. É um convite a rasgar as amarras da culpa e da autoanulação, que por muito tempo foram ensinadas como parte da natureza feminina. Cada capítulo serve como uma injeção de coragem, um chamado à ação que faz você se movimentar em direção à mudança, não apenas pessoal, mas social.
Em um mundo cada vez mais implacável, Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas não é apenas um título que provoca; é uma reivindicação, uma convocação à luta por uma vida mais digna e menos sufocante. Ao final, fica claro que o caminho é longo, mas a reflexão é o primeiro passo. E, convenhamos, se você ainda não se deparou com essa leitura, é melhor não deixar para depois; a exaustão nunca vai esperar. 🌪
📖 Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas: Direitos, trabalho, família e outras inquietações da mulher do século XXI
✍ by Ruth Manus
🧾 192 páginas
2019
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