Mulheres que não sonharam
A precariedade da rêverie materna e o não sonhado entre as gerações
Victor de Jesus Costa
RESENHA

Mulheres que não sonharam: a precariedade da rêverie materna e o não sonhado entre as gerações é um convite mergulhar nas profundezas das vivências femininas, abordando as intricadas relações entre mães e filhas em uma sociedade que frequentemente silencia suas vozes. Victor de Jesus Costa nos leva a uma jornada intensa, onde a precariedade se entrelaça com a maternidade e a incapacidade de sonhar, gerando um poderoso eco entre as gerações.
O autor, com sua habilidade ímpar para transitar por tópicos delicados, revela como a falta de sonhos molda não apenas a vida das mulheres, mas também sua capacidade de transgredir, de se reinventar. e, principalmente, de sonhar coletivamente. Costa não apenas analisa essa realidade; ele a expõe como uma ferida aberta que clama por atenção e reflexão. Uma ferida que não afeta apenas o presente, mas que ecoa no passado e ameaça o futuro.
A obra é uma reflexão crua sobre a maternidade em sua forma mais vulnerável, explorando o que significa ser mulher em uma sociedade que exige sacrifícios. Os comentários sobre a obra são variados: alguns leitores, emocionados, falam sobre o impacto visceral que as palavras de Costa tiveram em suas vidas, enquanto outros levantam críticas sobre a adoção de um tom demasiadamente sombrio. Mas é exatamente essa dualidade - a esperança que emerge no caos e a dor que nos une - que transforma a leitura em uma experiência transcendental.
Costa explora ainda as relações interpessoais que se deterioram devido à falta de espaço para a rêverie, um conceito que remete ao sonhar acordado, à fantasia. A obra desafia o leitor: será que conseguimos sonhar em um mundo que nos ensina a não fazê-lo? Será que a geração atual pode romper o ciclo de desilusão? Essas questões reverberam não só entre as páginas, mas nas conversas ao redor da mesa, nas reuniões familiares e nos silêncios compartilhados.
E é neste território de inquietude que se planta a semente da esperança. As vozes que não sonharam clamam por um espaço digno. Se você já se sentiu sufocada pelas expectativas da sociedade, Mulheres que não sonharam será seu espelho, refletindo suas próprias angústias e anseios. Você sentirá a urgência de se manifestar, de gritar, de transformar suas vivências em sonhos possíveis.
Conectando com as histórias de mães e filhas de diferentes classes sociais e contextos históricos, a narrativa se torna uma tapeçaria rica e complexa, que não se limita a um só ponto de vista. É um lembrete de que cada lágrima e cada sorriso carregam em si a história de gerações que nos precederam e que nos guiam. O que você fará com essa herança? Você será apenas espectador ou decidirá fazer parte da mudança?
Victor de Jesus Costa não nos oferece respostas fáceis, mas sim provocações que nos tiram da zona de conforto. Cada página é um grito de alerta e um chamado à ação, para que possamos reconhecer o poder que reside nas histórias que não foram contadas. Mulheres que não sonharam, mas que agora, talvez, tenham a chance de reacender suas aspirações e trazer à tona os sonhos que foram enterrados sob o peso das expectativas sociais.
Um texto que promete não só emocionar, mas transformar. Porque, no final das contas, o que realmente importa é: você está pronta para sonhar? 🌌
📖 Mulheres que não sonharam: a precariedade da rêverie materna e o não sonhado entre as gerações
✍ by Victor de Jesus Costa
🧾 202 páginas
2022
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