Muxiluandas
Memória Política, Escravidão Perpétua, Liberdade e Parentesco [Luanda, Século XVIII]
Roberto Guedes; Ariane Carvalho
RESENHA
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Através de uma linguagem visceral e penetrante, Muxiluandas: Memória Política, Escravidão Perpétua, Liberdade e Parentesco se insere no coração pulsante da história e da identidade afro-brasileira. Neste envolvente relato, Roberto Guedes e Ariane Carvalho não apenas escrevem sobre o passado do Século XVIII em Luanda, mas trazem à tona um eco de memórias que reverberam no presente. Eles desenham um retrato cruel e sensível da escravidão, da luta por liberdade e do entrelaçamento das relações humanas em meio a uma estrutura opressora.
A obra é um convite à reflexão sobre as feridas abertas que a escravidão deixou em nossa sociedade. Ao abordarem o parentesco, os autores não apenas narram a história de homens e mulheres, mas tecem uma rede de resistência e afeto, que contrasta com a brutalidade do sistema escravocrata. Cada página revela a resiliência e a força daqueles que se opuseram ao destino imposto, lembrando que a luta por liberdade é também uma luta por dignidade e reconhecimento.
É impossível não sentir a indignação e a dor que permeiam as palavras de Guedes e Carvalho. Eles conseguem, com maestria, transportar o leitor para um cenário onde a opressão é palpável e a esperança, uma chama que teima em não se apagar. As críticas que a obra provoca não se limitam à pena dos autores, mas ecoam nas vozes dos leitores. Alguns elogiam a profundidade e a coragem de abordar temas tão espinhosos, enquanto outros argumentam que a linguagem, por vezes poética, pode criar uma distância entre o leitor e a crueza da realidade retratada.
A discussão sobre a escravidão e suas repercussões é sempre atual, e Muxiluandas não se esquiva dessa responsabilidade. Nesta era de revisitação histórica e afirmações identitárias, o livro se posiciona como um farol, iluminando as áreas sombrias que muitos prefeririam deixar esquecidas. É uma obra que não permite que fiquemos confortáveis em nossa ignorância. Ao contrário, ela nos provoca a encarar as verdades que a sociedade tenta ocultar.
Os autores, ao traçarem esse caminho, não apenas revivem memórias, mas fomentam um diálogo necessário sobre quem somos e para onde vamos enquanto nação. Eles nos forçam a encarar o passado e, ao fazê-lo, nos incentivam a construir um futuro mais justo e inclusivo. A resenha de Muxiluandas deve ser não apenas uma análise, mas um clamor por mudança. A história contada por Guedes e Carvalho é um grito de resistência que deve reverberar em cada um de nós. Que tal se deixar levar por essa onda de conhecimento e sensibilidade? Isso pode ser o início de uma jornada de transformação pessoal e social. 🌍✨️
📖 Muxiluandas: Memória Política, Escravidão Perpétua, Liberdade e Parentesco [Luanda, Século XVIII]
✍ by Roberto Guedes; Ariane Carvalho
🧾 224 páginas
2022
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