Nada digo de ti, que em ti não veja
Eliana Alves Cruz
RESENHA

Nada digo de ti, que em ti não veja é mais do que um título; é um convite à introspecção, um chamado para que mergulhemos no abismo de nossas próprias emoções. A autora, Eliana Alves Cruz, tem o dom de transformar palavras em reflexões profundas que reverberam na alma. Este livro, publicado em um momento em que a sociedade se depara com suas próprias mazelas e vulnerabilidades, carrega consigo a essência de um grito silencioso por conexão e compreensão.
Diante das páginas deste escrito, somos confrontados com a multiplicidade de vozes que compõem nossa identidade. Cruz nos leva por um labirinto de experiências e sentimentos, e a cada passo, somos desafiados a olhar para dentro. A narrativa é uma dança sutil entre o eu e o outro, entre o que somos e o que projetamos. O título, que ressoa como uma oração ou um lamento, traz à tona a realidade de que, muitas vezes, o que falamos de alguém é apenas um reflexo do que não conseguimos expressar sobre nós mesmos.
Os comentários de leitores revelam uma gama de emoções que vão desde a identificação profunda até a provocação de questionamentos incômodos. Muitos falam da habilidade da autora em evocar vivências pessoais, enquanto outros criticam a densidade das reflexões, afirmando que em certos momentos o texto demandou um fôlego que nem todos estavam prontos para acompanhar. No entanto, é precisamente essa ousadia que faz de Nada digo de ti, que em ti não veja uma obra capaz de transbordar da folha para a vida.
Além das opiniões diversas, é impossível ignorar o contexto social em que a obra foi escrita. Em um Brasil marcado por tensões sociais e políticas, Cruz traz à luz questões de identidade, pertencimento e a busca por vozes silenciadas. Este não é apenas um livro; é um registro, uma crônica da luta interna que muitos travam para ser ouvidos em uma sociedade que frequentemente se volta para o superficial.
Ao longo de sua jornada literária, Eliana Alves Cruz se destaca não apenas como escritora, mas como uma porta-voz de emoções coletivas, tocando em feridas que ainda doem. Sua obra impactou não apenas leitores anônimos, mas também influenciou contemporâneos que reconhecem a importância de dar voz àquilo que normalmente permanece nos sussurros da mente.
Assim, ao encerrar a leitura de Nada digo de ti, que em ti não veja, há um peso no coração, uma sensação de que a jornada não termina aqui. Ao contrário, ela apenas começou. Você é convocado a se tornar parte dessa conversa, a refletir, a ressoar, a se enxergar nas palavras e a não deixar que a chama da introspecção se apague. Porque, no fundo, a obra de Cruz nos obriga a enxergar não apenas o outro, mas a nós mesmos. E isso, meu amigo, é algo que todos nós precisamos. 🔥
📖 Nada digo de ti, que em ti não veja
✍ by Eliana Alves Cruz
🧾 200 páginas
2020
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