Não é sopa (Nova edição)
Nina Horta
RESENHA

Não é sopa, um título que provoca sorrisos e acende a curiosidade, tem o poder de transformar ingredientes simples em poesia gastronômica. Nina Horta, uma das maiores referências da culinária brasileira, não se limita a mera receita; ela tece narrativas que elevam o cotidiano à condição de arte. Em suas páginas, não estamos apenas observando pratos sendo feitos, mas somos convidados a sentir, a cheirar, a saborear cada experiência.
Com uma prosa leve e perspicaz, Horta revela que cozinhar vai muito além de juntar alimentos em uma panela. Trata-se de um ritual, uma manifestação de amor, um ato de resistência - no fundo, um abraço apertado em forma de sopa! O que poderia ser encarado como um livro de receitas evolui para um mergulho na cultura, no afeto e na tradição familiar. Você vai querer anotar cada conselho, cada lembrança que ela compartilha, e se verá repensando não só suas refeições, mas o que elas significam na teia de laços que construímos ao longo da vida.
Os leitores não conseguem conter as emoções ao relatar suas experiências ao folhear Não é sopa. Muitos se emocionam com a forma como Horta entrelaça memórias afetivas nas receitas, criando um ambiente que parece um reencontro com avós e mães, que sempre souberam que o melhor remédio não está em farmácias, mas sim em um prato de sopa quentinha. As opiniões estão fervilhando; há quem diga que a autora captura a essência do que significa estar à mesa, enquanto outros clamam que a simplicidade de suas receitas é de dar água na boca - e não é uma metáfora! 🍲
O livro não se limita a sopas. Ele abrange um espectro de sentimentos e reflexões sobre a culinária do dia a dia, desafiando o leitor a absorver cada palavra. Em um momento em que a vida parece frenética e desconectada, Horta traz de volta o valor da pausa, do ritual em família e da celebração dos pequenos momentos. A maneira como aborda a gastronomia é uma ode à arte de cozinhar, mostrando que mesmo o ato mais simples de preparar uma refeição pode se tornar um ato político e social. Ao compartilhar suas experiências, ela nos faz acordar para a importância de resgatar nossas tradições e sabores, em meio a um mundo tão homogêneo e insípido.
As críticas não faltaram - e, claro, como sempre, o que provoca paixão gera discórdia. Há quem critique o tom nostálgico e procure mais inovação, mas, dobrando a esquina da reflexão, muitos reconhecem que a verdadeira inovação está na capacidade de reviver e reinventar o tradicional. A relação que Nina Horta cria com seu público é tão íntima que você se sente parte de sua história, quase como um convidado à sua própria mesa.
O que nos resta, então? Após saborear Não é sopa, o leitor se vê desafiado a começar sua própria jornada culinária. Deixe-se guiar pelos passos de Horta e redescubra a cozinha como um lugar de pertencimento e descoberta. Falar sobre comida nunca foi tão envolvente, e você, assim como eu, vai sair desse livro com a certeza de que a próxima sopa que preparar será uma explosão de amor e memórias. E, acredite, ao final da leitura, você não vai querer mais nada a não ser se deliciar com uma colherada dessas histórias, um caldo de sentimentos a cada garfada. 🍽✨️
📖 Não é sopa (Nova edição)
✍ by Nina Horta
🧾 432 páginas
2020
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