Não gosto, não quero
Luciana Savaget
RESENHA

Não gosto, não quero é uma obra impactante que coloca em xeque a simplicidade das relações humanas e as profundas emoções que habitam cada um de nós. Em suas 16 páginas, Luciana Savaget nos lança em um universo íntimo e inexplorado, provocando reflexões intensas que ecoam muito além das palavras escritas.
O título, já à primeira vista, é uma declaração feroz. A autora nos convoca a confrontar nossos próprios desejos, medos e limitações. Contrariando a cultura do "sim" que permeia a sociedade contemporânea, Savaget nos convida a abraçar a autenticidade do "não". Essa não é apenas uma rejeição simples, mas uma afirmação de identidade que se revela através da resistência. Cada página é uma provocação, um convite para o leitor refletir sobre o que realmente quer, ou, mais especificamente, sobre o que não deseja.
A escrita de Savaget é audaciosa. Ela não tem medo de colocar o dedo na ferida, e é essa coragem que faz a leitura pulsar com vida. Os relatos, embora curtos, ressoam como trovões em um céu sereno, fazendo seu impacto ser sentido de maneira visceral. É impossível ler sem sentir algo, seja desconforto, empatia ou até mesmo raiva. Essa gama de emoções é o verdadeiro combustível que faz a obra queimar.
Leitores têm respondido à obra com uma combinação de entusiasmo e debate. Alguns aplaudem a ousadia de confrontar verdades que muitos preferem ignorar, enquanto outros sentem-se desafiados pela crueza de suas mensagens. Afinal, quem realmente gosta de confrontar o que não deseja? As vozes discordantes, no entanto, apenas reforçam a importância de discussões sobre a liberdade de expressão e a autenticidade nas relações.
O que Savaget faz é essencial: ela não entrega pacotes prontos nem fórmulas mágicas. Em vez disso, nos provoca a olhar para dentro de nós mesmos e a questionar nossas escolhas, ponderando sobre o que realmente nos importa. Essa autoanálise, muitas vezes dolorosa, é exatamente o que nos faz crescer.
É inegável que Não gosto, não quero poderá ser um divisor de águas na maneira como você percebe suas relações e suas próprias fronteiras. Ao final da leitura, você pode se ver perguntando: "O que eu realmente quero?" e isso, meu amigo, pode ser um ponto de partida para uma transformação completa, uma libertação do que não serve mais.
Permita-se mergulhar nesse universo revelador e desafiador. Não se deixe amedrontar; abrace a oportunidade de renovar suas crenças e fortalecer sua identidade. Este livro não é uma mera leitura. É uma jornada e, acredite, você não vai querer ficar de fora dessa experiência transformadora.
📖 Não gosto, não quero
✍ by Luciana Savaget
🧾 16 páginas
2012
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