Não somos filhos sem pais
História e teologia do Batuque do Rio Grande do Sul
Hendrix Silveira
RESENHA

A essência do Batuque, uma expressão cultural rica e complexa do Rio Grande do Sul, é revelada em sua totalidade na magnífica obra Não somos filhos sem pais: História e teologia do Batuque do Rio Grande do Sul, de Hendrix Silveira. Este livro não se limita a contar uma história; ele remexe com as raízes identitárias, une passado e presente e transforma os leitores em participantes ativos de uma exuberante tradição.
Com uma pesquisa meticulosa e uma visão teológica profunda, Silveira mergulha no Batuque, não apenas como um ritual, mas como uma declaração de resistência. O Batuque, que muitos consideram apenas uma dança ou um conjunto de músicas, é, na verdade, um remanescente vibrante de uma história que clama para ser ouvida. O autor nos leva a compreender como essa prática transcende o folclore, conectando-se com a espiritualidade e a ancestralidade de um povo. Esse é um dos gemidos silenciosos que ecoam em cada batida e em cada verso, clamando por reconhecimento e respeito.
Silveira nos apresenta um mosaico de vozes que compõem essa narrativa. Cada capítulo é como um tambor ressoando pelas páginas, pulsando com a dor e a alegria de um povo que nunca se esqueceu de suas origens. Através de suas palavras, somos confrontados com a história de exclusão e, ao mesmo tempo, com a celebração da identidade coletiva. O autor não apenas narra, mas provoca: você está disposto a encarar a verdade histórica do Batuque e sua relevância atual?
Os leitores já se deixaram impactar por essa obra singular, destacando a capacidade do autor de provocar reflexões profundas sobre espiritualidade, cultura e pertencimento. Opiniões variadas surgem, desde aqueles que veem o livro como uma obra-prima que resgata a dignidade de tradições marginalizadas, até os que criticam a abordagem teológica. No entanto, um consenso se forma: ninguém sai ileso dessa leitura. O Batuque não é apenas um tema; é um chamado à ação e à reflexão sobre quem somos e de onde viemos.
Em um momento em que discursos de apagamento cultural proliferam, Não somos filhos sem pais surge como um grito de resistência, um manifesto que desafia o leitor a não ser indiferente. Com uma prosa rica e poética, Silveira conduz uma dança de palavras que, assim como o Batuque, é ao mesmo tempo íntima e universal. Ao virar as páginas, é impossível não sentir que está se fazendo parte de algo muito maior.
Essa obra não é meramente um livro, é um convite para que você sinta, ouça e viva a história de um povo que não se deixa silenciar. O Batuque ressoará em sua mente muito depois de deixar a última página, e a teologia que o sustenta será um questionamento constante em seu coração. Não perca a oportunidade de explorar esse universo recheado de história, música e espiritualidade. A mudança começa quando você decide não apenas ler, mas também ouvir e entender. É tempo de deixar as vozes ecoarem! 🎶✨️
📖 Não somos filhos sem pais: História e teologia do Batuque do Rio Grande do Sul
✍ by Hendrix Silveira
🧾 192 páginas
2020
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