No palco das resistências
A reitora Nadir Gouvêa Kfouri, a universidade e a democracia puquiana (1976-1984)
Marilene Rodrigues Quintino
RESENHA

A intensidade dos anos 70 e 80 no Brasil é capturada de maneira vibrante e reflexiva na obra No palco das resistências: a reitora Nadir Gouvêa Kfouri, a universidade e a democracia puquiana (1976-1984), escrita por Marilene Rodrigues Quintino. Os ecos de uma época marcada por repressão, luta e esperança reverberam nas páginas deste livro que, muito mais do que um estudo acadêmico, se transforma em um grito libertário e um profundo mergulho na resiliência humana.
A figura de Nadir Gouvêa Kfouri é revelada em toda a sua complexidade. Ela não é apenas uma reitora, mas uma mulher à frente do seu tempo, uma líder em uma universidade que se tornava um reduto de resistência em meio ao regime militar. A narrativa da autora nos leva a ver Kfouri como a personificação da luta por uma educação emancipadora, num contexto onde cada ato de coragem parecia um desafio ao poder estabelecido. A obra exige que você sinta a dor e a esperança de um povo que se ergue, que busca seus direitos e sua voz em tempos de silêncio imposto.
Quintino, com seu olhar apurado, retrata um panorama histórico que não apenas contextualiza a importância da trajetória de Kfouri, mas também da universidade enquanto espaço de debate e transformação. A importância de uma educação democrática e inclusiva ganha um caráter quase visceral, levando o leitor a refletir sobre os desafios atuais. A luta na PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) se espelha nas resistências contemporâneas, mostrando que o legado de figuras como Nadir Kfouri ainda é vital na luta por democracia e justiça social.
A recepção da obra é rica e variada. Críticos e leitores ressaltam a habilidade de Quintino em entrelaçar dados históricos com experiências pessoais e coletivas, criando uma obra que toca na ferida da memória e da identidade nacional. Por outro lado, algumas vozes levantam questões sobre a profundidade da análise, sugerindo que certos aspectos da atuação política e social poderiam ter sido explorados ainda mais. Contudo, isso não diminui o impacto que o livro causa, seja ao provocar discussões acaloradas ou ao inspirar aqueles que buscam valorizar a história da resistência.
Ao mergulhar nas páginas deste livro, sua mente se enche de reflexão, enquanto seu coração é tocado pela bravura de aqueles que transformaram a universidade em um palco de resistência. No palco das resistências não é somente uma narrativa; é uma plataforma para a introspecção e um convite à ação. O legado de Kfouri e das lutas da época nos chama para que não esqueçamos a importância de nos posicionar em defesa da democracia e da educação - um chamado que ecoa com ainda mais força em um mundo que parece tão dividido.
Se você ainda não se permitiu adentrar nesse universo de luta e sobrevivência, faça isso agora. O chamado à resistência está vivo e pulsante nas palavras de Marilene Rodrigues Quintino. O que você fará com essa informação, isso é algo que só você pode responder. 🌍✨️
📖 No palco das resistências: a reitora Nadir Gouvêa Kfouri, a universidade e a democracia puquiana (1976-1984)
✍ by Marilene Rodrigues Quintino
🧾 312 páginas
2022
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