O beijo do rio
Stefano Volp
RESENHA

Enquanto o negro manto da noite cobre as profundezas ocultas do Rio de Janeiro, o novo romance de Stefano Volp, "O Beijo do Rio", emerge com a força de um tsunami literário, pronto para tragá-lo em suas águas inexploradas. Cada palavra deste livro é um convite não para a leitura passiva, mas para adentrar um mundo onde nossas percepções de realidade, amor e identidade são brutalmente confrontadas e reconfiguradas. 🌌
A história se desenrola com a intensidade de um drama shakespeariano, transportando-nos para um Rio de Janeiro ao mesmo tempo exótico e familiar, onde bandidos e santos coabitam, traçando seu próprio destino pelas vielas estreitas e tumultuadas. Volp constrói seus personagens com um realismo visceral que faz com que eles resplandeçam de virtudes e defeitos humanos. O marginal apaixonado, a amante esquecida, o herói improvável, todos se entrelaçam num fresco de vida urbana que desafia rótulos e certezas.
Ao abrir as páginas de "O Beijo do Rio", desafiamos a estabilidade de nossos pré-conceitos ao navegar por um Rio que não é delineado apenas pela geografia, mas pelos corações turbulentos que o compõem. A trama, meticulosamente tecida, faz uma dança entre suspense, romance e um profundo drama social que pulsa tanto quanto a batida de um tamborim na Marquês de Sapucaí. 📣
Stefano Volp é um mestre em desconstruir e reconstruir realidades. Sua narrativa nos lembra as obras de García Márquez, mas com um toque abrasileirado, unindo o sensorialismo ao poder de crítica social. Este livro tem o potencial de expandir sua percepção de justiça e empatia humana, desconcertando tanto quanto o discurso incendiário de um ativista numa praça pública. Por outro lado, a forma como ele retrata as desigualdades lembra as investigações profundas e quase impiedosas de Truman Capote em "A Sangue Frio". Feche os olhos por um segundo e ouça! Quase pode-se ouvir o vibrar da cidade sob suas mãos. Como não sentir? ☀️
As vozes dos personagens são escritas com tal maestria, que você as ouve como um eco penetrante em uma catedral. Você não só lê, mas sente suas dores, anseios e alegrias. O abraço apaixonado em uma esquina escura ou a briga sangrenta num beco esquecido forçam nossos corações a ritmos perigosos de saber se voltaremos inteiros ao final da leitura. 🌃
🎭Críticos já comparam a profundidade e o alcance emocional de Volp ao lirismo de Mia Couto e ao realismo cruel de Patrícia Melo. Elogios ecoam em páginas de jornal e em blogs literários, pintando o autor como o novo sentimento da literatura contemporânea brasileira. Um livro que se destaca em outubro é raro. Críticas e opiniões fervem como a própria Síria, e ainda mais intensa será a vontade de duelar com essas ideias enquanto as páginas vão esfarelando diante de seus olhos famintos.
Como leitor, prepare-se - não para uma viagem, mas para um turbilhão acachapante. Este é um chamado irrecusável: apresse o passo, corra para as livrarias, deixe de lado preconceitos, permita-se imergir em "O Beijo do Rio" e senti-lo ao extremo. Porque, afinal, um livro assim não se lê. Ele nos lê. 🌟
📖 O beijo do rio
✍ by Stefano Volp
🧾 336 páginas
2022
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