O beijo não vem da boca
Ignácio de Loyola Brandão
RESENHA

É nas entrelinhas do cotidiano que O beijo não vem da boca explode como um verdadeiro furacão emocional. Ignácio de Loyola Brandão nos convoca para mergulhar numa narrativa que ultrapassa a superficialidade das relações humanas, revelando segredos obscuros e anseios profundos. Neste romance, cada página é um convite a explorar a fragilidade da alma, a complexidade das interações e a busca incessante por conexão em um mundo que parece cada vez mais impotente diante do amor.
Brandão, com sua prosa insubordinada, nos transporta para um Brasil que ecoa os medos e desejos da sociedade contemporânea. O autor, já conhecido por suas análises sociais, aqui não se furtam a desvelar a hipocrisia e os dilemas que permeiam as relações amorosas. A história se desenrola com uma leveza enganosa, enquanto os personagens dançam entre o desejo e a solidão, entre a paixão e o desencanto. E quem, em sã consciência, não se reconhece em meio a essa montanha-russa de emoções que ele nos apresenta?
A ausência de um beijo na boca, essa metáfora poderosa, simboliza a falta de autenticidade nas relações. A impossibilidade de tocar profundamente o outro é um eco desse tempo, onde os discursos parecem mais importantes do que os sentimentos verdadeiros. Como você se sente em relação a isso? A cada nova interação, somos lembrados da superficialidade social que nos cerca e da necessidade urgente de resgatar a essência do afeto.
Leitores fervorosos, que já se perderam nas páginas de Brandão, compartilham sentimentos intensos sobre a obra. Uns elogiam a ousadia do autor em discutir temas tabus, enquanto outros se surpreendem com a crueza de suas observações. Alguns ressentem-se da melancolia que permeia a narrativa, mas convém lembrar que essa é a grande beleza da obra: ela não se esconde atrás de convenções, mas sim nos chama a olhar para a realidade com coragem.
O pano de fundo social em que O beijo não vem da boca foi escrito, marcado por transformações políticas e culturais, se entrelaça com questões universais que a humanidade vive, como a busca incessante por um amor verdadeiro e a luta contra a solidão. Brandão não só toca no âmago do espírito humano, mas também nos instiga a refletir sobre a nossa própria existência. Quais beijos deixamos de dar? Quais palavras calamos?
Neste banquete literário, a experiência é tão intensa que seu impacto reverbera na mente e no coração de quem lê. Brandão não nos dá respostas fáceis; ele nos provoca, nos desafia a repensar nossas relações e a nos confrontar com nossas verdades mais íntimas. E você, leitor, pode sair dessa experiência transformado, carregando consigo um novo olhar sobre o que significa amar e ser amado.
Por isso, não se deixe levar pelos padrões do mundo contemporâneo. Deixe-se envolver por O beijo não vem da boca e descubra o que realmente significa conectar-se com o outro. Essa leitura não é apenas um mero passatempo; é um caminho para a autodescoberta, um convite para mergulhar em um mar de emoções e reflexões que, com certeza, deixarão marcas indeléveis na sua alma. Você pode resistir a essa jornada? 🖤
📖 O beijo não vem da boca
✍ by Ignácio de Loyola Brandão
🧾 376 páginas
2008
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