O caixão rastejante e outras assombrações de família
Angela-Lago
RESENHA

Ao abrir as páginas de O caixão rastejante e outras assombrações de família, de Angela-Lago, você é imediatamente transportado para uma dimensão onde o cotidiano se mistura ao maravilhoso e ao sombrio. As ilustrações e as narrativas curtas, recheadas de humor ácido e um toque de terror, são como um convite sedutor a uma festa de Halloween familiar, onde os espíritos dançam e fazem travessuras.
Nesta obra, cada conto é uma janela entreaberta para as angústias e as alegrias que permeiam o universo familiar. A autora, conhecida por sua habilidade em criar narrativas visuais envolventes, nos presenteia com personagens que habitam um limbo entre o riso e o medo. A sutileza da abordagem de assuntos delicados faz com que você se sinta à vontade, mesmo quando os fantasmas e as assombrações começam a se manifestar.
Os leitores frequentemente comentam sobre a capacidade de Lago em transformar o que parece trivial em algo profundo e reflexivo. As críticas apontam que a autora, com seu traço característico e uma paleta de cores impactante, consegue fazer do medo um tema familiar. As ilustrações não apenas embelezam as páginas; elas são parte vital da narrativa, criando um diálogo ininterrupto com as palavras. Muitos se sentem tocados por essa perspectiva, que mistura risadas e calafrios em um mesmo prato.
Examinar as críticas revela um sentimento quase unânime de fascinação, mas também há quem considere as histórias ligeiramente perturbadoras para o público infantil. Contudo, esse mesmo elemento perturbador é o que encanta muitos leitores, que enxergam na obra uma oportunidade de discutir temas relevantes, como a morte e as relações familiares, através de uma lente lúdica.
Angela-Lago, que cresceu em um ambiente onde histórias de assombração eram contadas à mesa do jantar, possui uma habilidade inata de fazer com que o sobrenatural se torne parte do nosso cotidiano. O contexto histórico da obra, lançado em um Brasil onde o medo e a insegurança permeiam as notícias diárias, cria uma ressonância inquietante. O caixão rastejante é, na verdade, uma metáfora poderosa para as inseguranças e os segredos que habitam nossas próprias famílias.
Por fim, essa jornada pelas entrelinhas nos lembra que as assombrações não estão apenas nas sombras, mas também nas conversas não ditas, nas memórias esquecidas e nas verdades que preferimos ignorar. É um convite à introspecção, à reflexão e, principalmente, à união familiar. O que você fará com suas próprias assombrações? Esta é a pergunta que O caixão rastejante e outras assombrações de família provoca em cada um de nós. 🕯✨️
Se você ainda não mergulhou nessa experiência única, não se permita ficar à margem dessa conversa. É hora de conhecer essa obra que promete não só divertir, mas também instigar reflexões profundas sobre os fantasmas que nos cercam e, quem sabe, até mesmo nos confortar com suas verdades.
📖 O caixão rastejante e outras assombrações de família
✍ by Angela-Lago
🧾 72 páginas
2015
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