O Cid/Horácio /Polieucto
Corneille
RESENHA

A grandiosidade de O Cid/Horácio/Polieucto não se limita a suas páginas; ela ecoa nos ecos da história, na intensa luta pela honra que alimenta suas tramas e nas profundezas da alma humana que o dramaturgo Corneille tão habilmente explora. Se o amor é uma guerra, aqui a batalha é travada no campo das emoções e das escolhas morais, onde cada decisão reverbera como um golpe de sabre em um duelo de cavalheiros.
O Cid, talvez o mais famoso dos três dramas apresentados, convida você a uma reflexão apaixonada sobre o dever e a honra, enquanto o valor do amor se confronta com a lealdade e a traição. Através de seu herói, Rodrigue, Corneille nos faz questionar: até onde você iria por amor? E a resposta, ardente como o sol da Espanha, é um convite para mergulhar nas complexidades das relações humanas, enquanto os conflitos invadem não apenas os campos de batalha, mas também as profundezas do coração.
Em Horácio, o autor explora a dualidade entre o amor fraternal e a lealdade à pátria. É nesse drama que Corneille nos apresenta a escolha insuportável entre o amor romântico e a fidelidade à honra familiar. Os leitores são lançados em um turbilhão de emoções, onde cada cena se torna uma dança entre o dever e o desejo, como uma sombra que se estende sob os pés de um lutador. O diálogo fervente e a tensão palpável têm o poder de prender a atenção e fazê-lo sentir-se parte da trama.
E então chegamos a Polieucto, a obra que talvez mais se aprofunde nas questões da fé e do sacrifício. Aqui, a força da convicção é testada em um cenário de transformações radicais e escolhas arriscadas. O protagonista se torna um verdadeiro mártir, enquanto a platéia é chamada a refletir sobre os limites que cada um está disposto a ultrapassar por suas crenças. A dramaticidade dessa luta interna vai muito além das páginas, reverberando nos conflitos contemporâneos que enfrentamos como sociedade.
A capacidade de Corneille em entrelaçar assuntos como paixão, dever, e religiosidade com a dignidade humana é nada menos que mágica. Com uma pluma que incendeia a imaginação, ele nos guia em uma jornada que transcende o tempo e o espaço. Resenhas não faltam para inverter a opinião sobre suas obras, mas os leitores reconhecem a sinceridade de sua escrita - uma sinceridade que clama por um reconhecimento mais profundo dos dilemas humanos.
Para aqueles que têm o espírito aberto, O Cid/Horácio/Polieucto não é só um testemunho da arte dramática, mas uma reflexão profunda sobre nossas próprias vidas. É a inquietante realização de que nossos medos e dúvidas, mesmo séculos depois, ainda ressoam nas palavras de Corneille - unindo passado e presente em um eco contínuo de amor, sacrifício e honra. Portanto, não deixe essa obra passar ao largo. Mergulhe nas realidades que você tanto teme, mas busca compreender. A história de Corneille não é meramente uma peça; é um convite ao autoconhecimento e à exploração das profundezas do ser humano. 🌌🚀
📖 O Cid/Horácio /Polieucto
✍ by Corneille
🧾 298 páginas
2004
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