O coelhinho que queria dormir
Uma nova maneira de fazer as crianças dormirem
Carl-Johan Forssén Ehrlin
RESENHA

A inquietude da infância, a incessante energia que parece brotar de cada poro e a resistência ao sono são características universais e eternas. O coelhinho que queria dormir, de Carl-Johan Forssén Ehrlin, não é apenas um livro; é um antídoto carregado de delicadeza e inteligência contra horas intermináveis de tentativas frustradas para colocar as crianças para dormir. Com suas trinta e uma páginas, cada palavra parece ter sido escolhida a dedo, como se o autor soubesse que aquelas frases simples têm o poder de embalar pequenos corações a um sono profundo e reparador.
Ehrlin, com uma arte quase mágica, utiliza de metáforas encantadoras e uma narrativa suave para criar um universo onde um coelhinho travesso, determinado a fechar os olhos, captura a atenção de cada pequeno leitor. A história se desenrola como uma dança entre desespero e esperança: um coelhinho teimoso tenta, a todo custo, encontrar o sono que tanto deseja, enquanto seus amigos emitem dicas e truques. Através de uma escrita que flui suavemente, o leitor não consegue evitar o charme da história, mesmo enquanto parte do drama é a luta contra a própria exaustão.
Os comentários dos leitores revelam uma incrível variedade de experiências. Alguns pais compartilham histórias de como, após a leitura, seus filhos simplesmente fecharam os olhos e mergulharam em um sono profundo, enquanto outros, céticos, não conseguiam entender como um simples livro poderia ter tal efeito. Entre risos e anedotas, muitos relatam momentos em que a leitura se transformou em um ritual sagrado, uma conexão mágica entre pai, mãe e filhos. Mas, claro, nem tudo são flores. Críticas vêm em forma de dúvidas: será que essa abordagem não remove a essência do ritual de dormir, uma prática que envolve interesses e afetos que vão além da história contada?
O contexto em que O coelhinho que queria dormir foi criado toca em uma Era que lida com a hiperconexão e a estimulação excessiva, trazendo à tona uma reflexão poderosa sobre a necessidade de desacelerar e restaurar a paz em meio ao caos. A obra, portanto, não é apenas uma história para fazer crianças dormirem; é um convite para que pais, avós e responsáveis reavaliem a forma como introduzem o descanso na vida dos pequenos.
As páginas do livro ecoam a simplicidade de momentos familiares, ao mesmo tempo em que apresentam um apelo profundo, quase filosófico. Ao ler essa obra, você não apenas embarca em uma jornada pela imaginação infantil, mas é chamado a um momento de introspecção. Através das lutas do coelhinho, somos forçados a olhar para nossas próprias batalhas diárias e a maneira como podemos torná-las mais suaves - não só para nós, mas principalmente para as próximas gerações.
Por que ao final de tudo isso, a verdadeira magia de O coelhinho que queria dormir reside em sua capacidade de inspirar não apenas a sonolência, mas também uma nova visão das relações familiares e das tradições que nos conectam. Esse livro pode muito bem ser o passaporte para noites mais tranquilas e afetivas entre adultos e crianças, despertando uma rede de afeto que ecoará através dos anos, como o suave sussurro de um coelhinho feliz. É um relato apaixonado que se transforma, nas mãos de um leitor habilidoso, em um veículo para sonhos - e, quem sabe, um pouco de paz no lar. 🐰💤
📖 O coelhinho que queria dormir: Uma nova maneira de fazer as crianças dormirem
✍ by Carl-Johan Forssén Ehrlin
🧾 31 páginas
2015
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