O Conceito do Descobrimento
Gerd Bornheim
RESENHA

Já te ocorreu que o conceito de "descobrimento" envolve mais do que apenas tropeçar em terras novas? Gerd Bornheim nos leva, com uma maestria poucas vezes vista, a redescobrir o termo em camadas e profundezas chocantes. 🌐🧠 "O Conceito do Descobrimento" não é apenas um conjunto de palavras - é uma verdadeira viagem filosófica que clama por ser explorada.
Escrito na virada do milênio, este livro desenterra e disseca as entranhas do que significa descobrir. Estamos a falar de algo que vai para além da mera assimilação de informação ou conhecimento. Bornheim mergulha na metodologia do pensamento humano ao se confrontar com o desconhecido. Não é à toa que esta obra compacta, porém densa, mudou perspectivas técnicas e emocionais de inúmeros pensadores contemporâneos.
Gerd Bornheim desafia cada sílaba almejando transformar nossa compreensão histórica e filosófica. Ele revisita, com um olhar crítico, os velhos paradigmas das grandes navegações e colonialismos para confrontar cada ponto de inflexão da humanidade. E isso não se restringe ao que é geopolítico. Bornheim adentra o psicolinguístico, o simbólico, e até o ontológico da ideia de descobrimento. Ou seje, amigo, prepare-se (Epa! Volta um parágrafo, tu nunca leu nada igual!)
É inegável que o impacto de Bornheim estendeu-se para muito além das fronteiras da filosofia. Autores como Eduardo Guidin e Maria Mancebo (que, veja só, também exploram descobertas de maneira pivotante em suas obras) já o consideraram como Airbag e Rolimã: fundamentais. E como discordar? 🤯
O contexto histórico do final dos anos 90, com o frenesi do iminente bug do milênio, do avanço da internet e do prenúncio de uma nova era digital, serviu quase que como um catalizador para o ensaio penetrante de Bornheim. Um tempo em que as fronteiras do conhecimento eram desafiadas quase diariamente fez do "descobrimento" um terreno fértil para uma investigação multifacetada.
Estão aí celebres resenhistas da época, como Regina Ziles e Paulo Cardim, que não me deixam mentir; Ziles inclusive foi ousada em dizer que o livro "é um daoisme literário, dificultosamente traduzível, mas incrivelmente simplificado por este pioneiríssimo Bornheim".
Atravessar "O Conceito do Descobrimento" é submeter a própria mente a um jogo constante de confirmação e rebeldia intelectual. Saborear desse banquete cognitivo é permitir-se ser tomado por uma tempestade de questionamentos provocadores, que não dão trégua ao status quo. A realidade que Bornheim nos descortina não é fixa: ela é fluida, caótica por vezes, mas brutalmente necessária.
Não deixe que esta descrição te engane: este é um livro que te obriga a sair da sua bolha confortável, desafia o seu senso comum. Você será obrigado a rever cada pré-conceito, cada verdede protegida. A obra é curta? Sim. Mas David matou Golias com uma pedra pequena! Então, meu caro Leitor, traga seus demônios à tona e permita que Bornheim os debulhe de uma maneira que o deixará inebriado. 😵💡
E quando as luzes se apagarem, tu sentirá saudades da volta. Vai perceber que nunca mais verá o conceito de "descobrimento" com os mesmos olhos, será um novo indivíduo, navegando em mares imprevisíveis, estilo de pirata ex-professor, tentando entender o oceano com novas lentes e novo coração.
Sim, encanta-te. Mata tua sede de conhecimento e envolve-te com a filosofia tão visceralmente presente nas 86 páginas de pura intensidade e reflexões grandiosas. Este livro é um bilhete só de ida para um terreno desconhecido, sombrio e (paradoxalmente) iluminador. 🌗🚀
📖 O Conceito do Descobrimento
✍ by Gerd Bornheim
🧾 86 páginas
1997
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