O Desviante
Bia Fauro
RESENHA

Quando se fala em "O Desviante", de Bia Fauro, você é imediatamente puxado para um oceano profundo de reflexões e sentimentos que desafiam a realidade. A obra, apesar de suas breves 24 páginas, traz à tona um enredo que espelha conflitos internos e externos de forma visceral. O que significa realmente ser um desviado? É ir contra as normas ou, talvez, ter a coragem de descobrir a sua essência em meio a um mundo que tenta moldá-lo?
A narrativa é densa e cativante, capturando a atenção enquanto provoca titubeios emocionais. Lembra que cada escolha é uma bifurcação no caminho. O protagonista, em sua luta para se encaixar, se torna um espelho que nos reflete, e impõe perguntas cruciais: até onde você iria para ser aceito? Quais são os nossos limites? Esses questionamentos não são apenas retóricos, eles ferem, e doem na alma, trazendo à tona a humanidade crua que todos nós carregamos.
Os leitores que se aventuram por essas páginas não saem ilesos. São tomados por uma onda de identificação, de compaixão, e até mesmo de raiva. Diversas opiniões circulam, algumas aplaudindo a profundidade do texto, enquanto outras não hesitam em criticar a subjetividade excessiva da protagonista. Mas e quem não se vê em um momento de desvio em suas vidas? A capacidade da autora de provocar este reconhecimento é o que torna a obra tão poderosa e necessária.
E não para por aí. Ao explorar a construção das personagens, somos remetidos a um contexto que ecoa de forma aguda com as dificuldades do mundo contemporâneo. Em um cenário onde a conformidade é exaltada, O Desviante emerge como um grito de liberdade. O crítico literário pode ver aqui um retrato do que aflige a sociedade moderna: a busca incessante por pertencimento, a luta contra o rótulo e a busca pela autenticidade.
Essa conexão emocional palpável é o que faz a obra worth fighting for. Não é só um texto; é uma batalha interna que centenas de milhares enfrentam. É um convite a despir-se do que é imposto, um manifesto para aqueles que se sentem deslocados. E a grande verdade é que reconhecer o desvio é apenas o início; é uma passagem para um entendimento mais profundo do que significa ser humano.
Fica claro que O Desviante não é apenas para ser lido; é para ser sentido. É um chamado explosivo a todos nós para que olhemos não apenas para o outro, mas para nós mesmos, convidando-nos a tecer novas e revolucionárias narrativas em nossas vidas. Está tudo lá, apenas esperando para ser descoberto. Seria você um desviado? O que essa condição poderia significar para sua história? 🌪
📖 O Desviante
✍ by Bia Fauro
🧾 24 páginas
2018
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