O dia em que me tornei... corintiano
Marcelo Duarte
RESENHA

A paixão pelo futebol é uma chama que arde intensamente na alma de milhões, e O dia em que me tornei... corintiano de Marcelo Duarte é um convite inegável a mergulhar nessa realidade vibrante e cheia de cores. O autor, utilizando seu olhar perspicaz e bem-humorado, revela a jornada de conversão à mística corintiana, que para muitos, transcende as quatro linhas do campo.
Ao folhear este pequeno grande livro, você não recebe apenas uma história, mas sim um testemunho apaixonado de um homem que, em meio a suas memórias, descobre que torcer é um ritual sagrado, repleto de glórias e frustrações. A narrativa flui como um jogo em campo aberto, onde a emoção cresce a cada página. Você se vê imerso em um mundo onde as vitórias são celebradas como festas e as derrotas geram reflexões profundas, quase filosóficas sobre a vida e o ser brasileiro. ⚽️
Duarte capta a essência da torcida, resgatando memórias que parecem ecoar em cada canto do Brasil, especialmente em São Paulo, onde o Corinthians faz pulsar os corações de seus torcedores. Ele nos leva a entender que ser corintiano não é apenas uma escolha, mas uma marca indelével que molda a identidade de quem a abraça. Essa identificação é forte e quase primitiva, refletindo no comportamento dos torcedores como um ritual de resistência e amor.
Os leitores, em sua grande maioria, se deixaram levar pelas emoções que o autor traz à tona. Alguns relatam se sentir exatamente como o autor, recordando suas próprias trajetórias e momentos icônicos vividos ao lado de amigos e familiares. As críticas, embora presentes, se perdem na voz ecoante da paixão que a obra gera. Há tanto amor nas palavras de Duarte que chega a ofuscar pequenos tropeços na narrativa. Para muitos, essa autobiografia não é um mero relato; é um hino à fraternidade e à solidariedade, que o futebol pode oferecer.
A história do autor não se limita a um singelo relato de amor por um time. Ela se entrelaça com a construção de uma identidade que vai além do jogo em si. É sobre o pertencimento, as memórias familiares e o papel do futebol na sociedade brasileira. Quando lemos, sentimos o cheiro do churrasco na arquibancada e a adrenalina de um gol no último minuto. A obra nos provoca uma reflexão sobre a paixão que nos une, mesmo em um país dividido por tantas questões.
Marcelo Duarte não encerra seu livro apenas contando sua história, mas convida você a relembrar seus próprios momentos efêmeros, onde a euforia e a dor se confundem, levando-nos a um estado de vulnerabilidade visceral. Não é surpreendente que seus leitores fiquem com a sensação de que ali está uma parte de sua própria história, uma identificação que reverbera em cada linha.
Ao final da leitura, uma única inquietação persiste: você realmente se torna parte de um legado, não só na vitória, mas, sobretudo, na beleza do ato de torcer. Em um universo onde as convicções são testadas constantemente, O dia em que me tornei... corintiano é uma ode à alegria, à dor e à imensa riqueza de viver a paixão de ser corintiano. 🍂
📖 O dia em que me tornei... corintiano
✍ by Marcelo Duarte
🧾 96 páginas
2013
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