O Ermitão de Muquém
Bernardo Guimarães; Celso Leopoldo Pagnan
RESENHA

A literatura brasileira é um imenso oceano de histórias e personagens que, muitas vezes, permanecem escondidos nas profundezas do conhecimento popular. O Ermitão de Muquém é um desses tesouros, uma obra que pulsa vida e reflexões sobre o ser humano e suas relações com o mundo. Escrito por Bernardo Guimarães e adaptado por Celso Leopoldo Pagnan, este livro de 64 páginas não é apenas uma leitura, mas uma experiência que toca no âmago da solidão e da busca por sentido.
Neste conto, Guimarães nos transporta para uma narrativa pungente que fala sobre o eremita, uma figura fascinante. Ele se aloja em meio à natureza, longe das convenções sociais, trazendo à tona a eterna luta entre o desejo de se conectar e a necessidade de se afastar. A atmosfera criada é densa, carregada de nuances que conduzem o leitor a questionar sua própria existência e o que realmente significa ser livre. 🦋
Cercado por críticas e elogios, a obra provoca reações intensas. Alguns leitores encontram beleza na poesia de Guimarães, enquanto outros se sentem desconectados da solidão do protagonista. A polarização é intrigante; afinal, a solidão é um estado curioso, não é mesmo? Para uns, um refúgio, para outros, um castigo. E é exatamente aqui que reside o genius loci, a alma da obra: a capacidade de fazer você sentir, refletir e, por que não, se apaixonar ou detestar essa solidão.
A narrativa se entrelaça com um contexto histórico riquíssimo. Publicada na mesma era que despontaram outros ícones da literatura brasileira, a obra ecoa as inquietações da época. O Romantismo, com seus ideais de liberdade e individualidade, se faz presente, mas a crítica social também está ali, sussurrando aos ouvidos dos leitores sobre a fragilidade das relações humanas.
Esse livro não é um mero conto, é uma provocação. Ele desafia você a mergulhar em suas próprias reflexões sobre o que significa realmente viver. O sentimento de nostalgia, solidão e busca por propósito está latente em cada página, e o resultado final é um convite irresistível à introspecção. A verdadeira liberdade, talvez, não esteja em se afastar do mundo, mas em encontrar seu lugar dentro dele.
Os comentários dos leitores são um espetáculo à parte. Há quem clame pela beleza lírica e a profundidade filosófica, e há quem critique a lentidão da narrativa, preferindo a ação frenética de outras histórias. Mas é justamente essa diversidade de opiniões que torna a obra ainda mais rica. O Ermitão de Muquém não é para qualquer um; é para aqueles que buscam o significado além das palavras, que se permitem sentir a dor e o renascimento da solidão. 💔✨️
Se você ainda não colocou as mãos nessa obra, está perdendo uma oportunidade de reflexão que pode mudar sua visão de mundo. Mergulhe nessa narrativa envolvente, e quem sabe ao final, você não encontre um pouco de si mesmo refletido no ermitão que se esconde em Muquém?
📖 O Ermitão de Muquém
✍ by Bernardo Guimarães; Celso Leopoldo Pagnan
🧾 64 páginas
2010
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