O escorpião e o jaguar
O memorialismo prospectivo d'O Ateneu, de Raul Pompeia
Franco Baptista Sandanello
RESENHA

O escorpião e o jaguar: o memorialismo prospectivo d'O Ateneu, de Franco Baptista Sandanello, não é uma mera análise literária; é um mergulho visceral nas complexidades da formação da identidade brasileira e suas contradições. Ao desvendar as camadas de d'O Ateneu, obra-prima de Raul Pompeia, Sandanello transforma uma simples leitura em uma experiência transformadora e reflexiva.
Embarcar nas páginas desta obra é topar com um universo multifacetado, onde a crítica e a admiração se entrelaçam em um diálogo incessante. Sandanello não poupa o leitor na hora de provocar: ele te coloca frente a frente com suas próprias crenças e preconceitos, obrigando a um trabalho interno de autocrítica. 🕵?♂️ Você vai sentir a tensão pulsante em cada linha, como se os escorpiões e jaguares - símbolos da dualidade presente na obra - estivessem prestes a saltar das páginas e desafiar suas certezas.
A riqueza dos personagens de Pompeia é analisada por Sandanello com um olhar afiado, enxergando não apenas as suas superficialidades, mas também a profundidade das relações humanas e suas implicações em um Brasil em transformação durante o século XIX. É uma viagem ao coração do realismo, onde a nostalgia e a crítica social dançam um tango inquietante, instigando uma reflexão crua sobre o cenário político e social da época. 😰
Os leitores frequentemente expressam sentimentos ambíguos em relação ao trabalho de Sandanello. Alguns exaltam sua capacidade de provocar emoções profundas, enquanto outros questionam suas escolhas interpretativas. Essa dicotomia é o que torna a obra tão instigante! É praticamente impossível não ser impactado ao se deparar com a forma como ele entrelaça história e literatura, convidando cada um a examinar o próprio papel no tecido social. Você pode se ver, ao invés de ser apenas um espectador, um protagonista em um épico dramático de autodescoberta.
No desenrolar do texto, algo extremamente fascinante emerge: a forma como a crítica à sociedade brasileira do passado ressoa hoje em dia. Os ecos de O Ateneu reverberam nas questões contemporâneas de elitismo, formação de identidades e as tensões sociais ainda presentes no Brasil de hoje. É como se cada capítulo fosse uma pedra de toque a nos lembrar que nossa trajetória está repleta de ciclos que se repetem. Os desafios que Pompeia e, por extensão, Sandanello levantam são dilemas que ainda nos assombram: quem somos nós? O que queremos ser?
Ao final de sua leitura, não apenas a mente, mas a alma do leitor está em chamas. 🌪 É uma obra que não se permite ser consumida passivamente, mas que arrebata, incita, provoca. Você sai dela não só com uma nova percepção sobre a literatura, mas também com uma vontade feroz de debater, discutir e, acima de tudo, sentir.
O impacto da obra é tamanho que Salvar a si mesmo tornou-se um grito de guerra para muitos jovens brasileiros. Franco Baptista Sandanello constrói uma ponte entre o passado e o presente, garantindo que, ao lermos O escorpião e o jaguar, não estejamos apenas revisitando uma parte da nossa história, mas também traçando o caminho para um futuro mais reflexivo e consciente.
Portanto, ficar à margem dessa discussão é como optar por ser um espectador em vez de um participante ativo em sua própria vida. Não seja essa pessoa. 🏃?♂️ Aprofunde-se. Deixe que a emoção de Sandanello o envolva e descubra que a verdadeira sabedoria está em questionar e redescobrir o que já pensávamos saber.
📖 O escorpião e o jaguar: o memorialismo prospectivo d'O Ateneu, de Raul Pompeia
✍ by Franco Baptista Sandanello
🧾 355 páginas
2014
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