O menino arteiro
Gil Veloso
RESENHA

O menino arteiro é um verdadeiro convite à reflexão sobre a infância e a arte presentes na simplicidade do ato de viver. Gil Veloso, com sua prosa delicada, consegue transitar entre o lúdico e o profundo, revelando as nuances que fazem de cada criança um artista nato, mesmo que não tenha um pincel na mão.
Ao abrir as páginas desta obra, você se depara com um universo onde a curiosidade é a força motriz. O menino arteiro, protagonista desta jornada, nos conduz através das cores de sua imaginação, uma azáfama diária que se transforma em poesia. É uma experiência visceral, que arranha a superfície da rotina e a transforma em arte pura. A inocência das crianças, capaz de criar mundos, é exaltada por Veloso de uma maneira que nos faz lembrar de nossa própria infância, uma época em que cada simples folha encontrada no chão poderia se tornar o mais valioso dos tesouros.
A história, mesmo breve, reveste-se de uma força imensurável. O papel do artista e do observador se entrelaça, levando-nos a refletir sobre como, muitas vezes, deixamos a arte e a criatividade escorregarem entre os dedos na vida adulta. Os leitores, ao folhearem cada folha, se deparam com comentários que vão desde a apreciação do traço singelo, que captura a essência da infância, até análises mais profundas sobre o que significa ser 'arteiro' em um mundo que valoriza a conformidade.
Críticas variadas emergem das discussões em torno do livro. Alguns elogiam a capacidade de Veloso de evocar emoções e lembranças, enquanto outros questionam se essa simplicidade não poderia ter sido mais explorada. Mas é justamente essa diversidade de opiniões que faz a obra ressoar em tantas pessoas: ela não é só um livro, mas um reflexo da luta interna que todos nós travamos ao tentar resgatar o menino arteiro que um dia fomos.
Neste contexto, a obra se torna um poderoso retrato da sociedade contemporânea, onde a arte é frequentemente relegada a segundo plano. A criação, em suas formas mais simples, é uma forma de resistência. Veloso não apenas nos convida a lembrarmos de nossas infâncias, mas também a repensar nosso papel no mundo, como indivíduos e como membros de uma comunidade.
Cada página de O menino arteiro é um lembrete de que a criatividade não deve ser abandonada, mas cultivada, assim como um jardim que floresce com o cuidado e a paciência necessários. Ao final da leitura, você não apenas terá mergulhado em um mundo colorido, mas sairá transformado, tocado por uma nova perspectiva sobre o valor da arte e da expressão pessoal.
Neste pequeno grande livro, Gil Veloso nos toca com a infância em sua forma mais pura, e fica a pergunta: até quando vamos deixar o menino arteiro adormecido dentro de nós? 🌈✨️
📖 O menino arteiro
✍ by Gil Veloso
🧾 40 páginas
2017
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