O Misantropo de Molière
Vasco Graça Moura
RESENHA

O Misantropo de Molière é um chamado à reflexão que ecoa através dos séculos, um grito de desespero de quem se vê perdido em um mar de hipocrisia e desilusões. Vasco Graça Moura, ao traduzir essa obra-prima, entrega uma versão que não só preserva a essência da crítica mordaz de Molière, mas também a reveste de uma nova camada contemporânea, como se a arte estivesse se despindo da poeira do tempo para revelar suas verdades cruas e vibrantes.
Neste clássico, encontramos Alceste, o misantropo, um homem que destila sua aversão à sociedade que o cerca, que se vê cercado por relações superficiais e perfídias. Ele é o antídoto para a falsidade que permeia as interações humanas, mas, oh, como esse idealismo radical pode ser solitário! O autor, em um fluir de diálogos cortantes, nos apresenta um protagonista que desafia as normas, mas, ao mesmo tempo, se vê aprisionado por elas. É uma dança inquieta entre o desejo de se afastar e a irresistível magnetude do amor, numa relação tumultuada com a bela Célimène, que encarna a própria essência do dilema social.
O contexto histórico de Molière, com suas intrigas palacianas e as normas sociais rígidas da França do século XVII, faz da leitura uma viagem ao tempo, mas as emoções que ele provoca são atemporais. Não se trata apenas das mazelas de uma época longínqua; as angústias de Alceste reverberam nas ruas contemporâneas, em meio a redes sociais e relações efêmeras. Os ecos de suas palavras nos instigam a um questionamento brutal: estamos realmente conectados ou apenas nos arrastamos em meio a um mar de superficialidades?
Os comentários dos leitores são unânimes em apontar a genialidade de Molière: "Uma obra que ainda provoca risos e reflexões", diz um; "Alceste é meu espírito rebelde em forma de texto," declara outro. Críticas surgem em resposta à sua aversão radical, alguns o alçam como o herói da autenticidade, enquanto outros o veem como um misógino egocêntrico. Que dilema! E isso é a beleza pura da obra: provocações que desafiam cada um de nós a olhar para dentro, a confrontar os próprios valores.
Na tradução de Moura, cada linha ressoa com a força de quem reconhece a própria fragilidade humana. Ele não apenas traduz palavras; ele traduz emoções, contradições, a luta interna que todos nós travamos. E é essa abordagem que dá vida à obra, tornando-a uma leitura que não se limita ao entretenimento, mas sim à reflexão profunda sobre a condição humana.
Em suma, O Misantropo de Molière é uma experiência literária que não pode ser ignorada. É um convite a mergulhar nas profundezas da alma humana, uma obra que desafia você a sair da bolha da complacência e encarar a crueza da verdade. A hipocrisia é um monstro que se esconde sob as cartas de amor e os sorrisos dissimulados, e você tem em mãos a chave para libertar-se dessa prisão. 🙌✨️
Não deixe que a superficialidade do dia a dia te impeça de ver a grandeza da verdade!
📖 O Misantropo de Molière
✍ by Vasco Graça Moura
2022
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