O pior de nós
Reflexões sobre militares, direitas e pandemia nos dois primeiros anos do bolsonarismo no poder
Andrés del Río; André Rodrigues
RESENHA

O pior de nós: reflexões sobre militares, direitas e pandemia nos dois primeiros anos do bolsonarismo no poder é uma obra que não se limita a ser uma simples análise política, mas se transforma em um verdadeiro rugido da consciência coletiva, uma crítica afiada que atravessa os meandros da política nacional com a precisão de um cirurgião. Andrés del Río e André Rodrigues nos convidam a mergulhar fundo nas implicações da ascensão de uma nova ordem política no Brasil, e o que ela significou para a sociedade em termos de direitos, privilégios e, principalmente, sobrevivência.
Os autores nos transportam para o caos que permeou os dois primeiros anos do governo Bolsonaro, onde a pandemia se tornou um divisor de águas. A forma como os eventos se desenrolaram não é apenas mais uma crônica de tragédias sanitárias; é, de fato, um espelho que reflete o que há de mais sombrio na natureza humana e nas estruturas que sustentam a política brasileira. É como se cada página nos forçasse a encarar um horror inescapável, a impotência diante de uma estratégia de governo que ignorou a vida em nome de uma retórica belicosa.
Nos relatos, essas figuras militares que ganharam destaque entre os governantes se tornam não apenas personagens de um enredo, mas símbolos de uma era em que o autoritarismo foi disfarçado sob uma capa de "ordem e progresso". É aqui que a obra se torna um chamado à reflexão: quem somos nós diante dessa realidade? O que significa ser brasileiro neste contexto? E a que preço estamos dispostos a nos calar ou, ao contrário, nos rebelar?
O primeiro impacto é visceral: os comentários dos leitores retratam uma polarização quase visceral em relação ao conteúdo. Enquanto alguns se sentem revigorados ao encontrar uma voz que articula suas frustrações, outros se mostram defensores ardorosos de uma narrativa que, para eles, é uma tentativa de deslegitimação de um "governo do povo". E é justamente essa polaridade que provoca um turbilhão de emoções, levando o leitor a confrontar suas próprias ideias e preconceitos.
A obra não é apenas um registro histórico, mas um convite à ação, uma solicitação para que não fechemos os olhos diante da brutalidade que se desenha em nosso cotidiano. É um testemunho da desumanização que se instalou, trazendo à tona o medo e a indignação, e ao mesmo tempo, uma centelha de esperança: a capacidade de resistir, de lutar por um futuro onde a vida não seja uma mera estatística.
Em tempos em que as palavras têm o poder de curar ou destruir, O pior de nós emerge como um guia necessário, uma ferramenta de reflexão que se torna vital para aqueles que desejam compreender e não apenas observar. É um livro que te agarra, te sacode e, antes que você perceba, te faz questionar tudo o que você acha que sabe sobre a política, a vida e o que significa realmente estar vivo. Não se trata meramente de uma leitura; é um exercício de rebeldia contra a apatia que ameaça nos consumir. 📚✨️
Portanto, se você ainda não mergulhou nesse abismo de reflexões, a hora é agora. O que está em jogo não é apenas o destino do Brasil, mas também a sua própria consciência. 🚀
📖 O pior de nós: reflexões sobre militares, direitas e pandemia nos dois primeiros anos do bolsonarismo no poder
✍ by Andrés del Río; André Rodrigues
🧾 216 páginas
2021
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