O vampiro de Curitiba
Dalton Trevisan
RESENHA

Na sombria e encantadora Curitiba, onde o misticismo e a modernidade se entrelaçam, brilha uma obra-prima da literatura brasileira: O vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan. Este conto, uma ode ao inesperado e ao peculiar, faz você mergulhar em um universo que provoca e inquieta, revelando os segredos de uma cidade que respira histórias por entre suas ruas.
Despertar num mundo onde o inexplicável encontra o cotidiano é um convite à reflexão e à transformação. Trevisan, com sua prosa afiada e irônica, não hesita em brincar com os limites do real, levando os leitores a uma viagem única e cativante. A narrativa gira em torno de um vampiro que, paradoxalmente, se torna uma metáfora da solidão urbana, da alienação e do desejo de pertencimento em uma sociedade que muitas vezes ignora o próximo. Ao expor a fragilidade das relações humanas, ele provoca um grito silencioso, um apelo por conexão em um mundo que se atrofia em indiferença.
Críticos e leitores vibraram e se dividiram sobre a intensidade e a audácia da obra. Enquanto alguns exalam elogios à habilidade de Trevisan de capturar a essência da experiência humana, outros questionam o tom mordaz e até mesmo angustiante da narração. "A genialidade está em transitar entre o grotesco e o sublime", afirma um comentarista, ecoando o que muitos sentem ao se deparar com o famoso escritor curitibano. Cada página se transforma em um vislumbre do cotidiano, mas com uma pitada de surrealismo que deixa o leitor compungido e reflexivo.
É impossível não se deixar contagiar pela atmosfera de mistério e ambiguidade que permeia o texto. Os diálogos, pontuais e bem elaborados, transmitem a sensação de um bate-papo entre amigos, mas com um peso que provoca risadas nervosas e reflexões profundas. Talvez, o mais fascinante em O vampiro de Curitiba seja a insistente busca por respostas em um mundo repleto de perguntas. O que se revela é um espelho, um reflexo de nossas próprias inquietações e do abismo que pode existir entre o que somos e o que aparentamos ser.
O autor, que já era um nome respeitado na literatura brasileira, alcançou aqui uma nova esfera, influenciando gerações de escritores e leitores. Sua crítica mordaz à sociedade continua a reverberar, instigando debates sobre as relações humanas e sobre o que significa viver em um mundo que muitas vezes se esquece de olhar nos olhos uns dos outros.
Trevisan não apenas escreve; ele provoca um furacão de emoções ao explorar a solidão e a busca por significado em pequenas interações. Ao final, O vampiro de Curitiba se torna mais que um simples conto - é um convite à introspecção e à compreensão do que realmente significa ser humano. Uma reflexão poderosa que grita por resgate em uma era permeada pelo individualismo.
As páginas ficam gravadas na memória, e você, leitor, não consegue evitar a sensação de que a história é, na verdade, um espelho. Um chamado para sair das sombras e encarar a luz da realidade que nos cerca. Ao final, a pergunta que persiste é: será que nós somos os vampiros de nossas próprias vidas? Prepare-se para se deixar ser mordido por essa obra irresistível. 🦇✨️
📖 O vampiro de Curitiba
✍ by Dalton Trevisan
🧾 142 páginas
1978
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