Os cavalinhos de Platiplanto
José J. Veiga
RESENHA
Os cavalinhos de Platiplanto, de José J. Veiga, se revela como um universo que nasce da imaginação mágica de um dos ícones da literatura brasileira. Esta não é apenas uma leitura, mas um portal que convida você a adentrar em um mundo de fantasia íntima e poética, onde cada página ressoa como uma criança acreditando no impossível.
Imagine-se navegando por um cenário onde cegonhas trazem notícias através de cartas e cavalinhos saltitam nas paisagens inusitadas de Platiplanto, uma terra onde a lógica se submete à criatividade e a realidade se funde com os anseios mais profundos. Veiga, com sua prosa laboriosa, nos apresenta uma crítica sutil à convivência entre sociedade e individualidade. Em uma época em que a pressa é regra e o superficial é celebrado, cada parágrafo de Veiga sugere um respiro profundo, um convite a desacelerar e observar o mundo de um novo ponto de vista.
A genialidade de Veiga não reside apenas na criação de um mundo fantástico, mas em sua capacidade de capturar as nuances da condição humana. As reflexões, as esperanças e frustrações transbordam pelos traços de personagens que, ao mesmo tempo que são criativos e excêntricos, dão voz a sentimentos universais que escolhemos ignorar em nossa rotina frenética.
Observando os comentários dos leitores, muitos destacam como a obra os leva a um estado de nostalgia e melancolia. Um deles menciona: "A leitura me transportou para a infância, quando eu acreditava que tudo era possível e que a realidade não precisava ser tão cruel." Esse tipo de observação ecoa as intenções de Veiga, que, ao longo de sua carreira, buscou transformar a literatura em uma forma de resistência poética contra a banalidade do cotidiano.
Viver em Platiplanto é um lembrete incessante de que existem monstros embaixo da cama, mas também existem realizações que desafiam a lógica. Os cavalinhos não são apenas criaturas mágicas; eles são representações dos nossos sonhos mais profundos, aquilo que deixamos para trás à medida que crescemos. Cada leitor poderá encontrar em sua jornada por Platiplanto uma parte de si mesmo, uma chispa de esperança ou uma crítica à apatia que nos cerceia.
E ao contemplar o contexto da obra, percebemos que a atmosfera da época de Veiga, repleta de efervescência política e social, serviu como combustível para suas ideias revolucionárias. Em tempos em que muitos se sentem perdidos e alienados, Os cavalinhos de Platiplanto emerge como um farol que ilumina as sombras da solidão e do desencanto, apontando para a importância de sonhar e acreditar.
Se você ainda não se aventurou por estas páginas, esteja ciente: é um convite irrecusável a um mundo onde tudo é possível, e a única regra é se deixar levar pela beleza do inesperado. Não perca a oportunidade de descobrir que dentro de você, talvez, ainda habitem uns cavalinhos prontos para galopar! 🌈✨️
📖 Os cavalinhos de Platiplanto
✍ by José J. Veiga
🧾 160 páginas
2017
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