Parmênides
2
Platão
RESENHA

Parmênides: 2, de Platão, não é simplesmente mais um texto filosófico; é um chamado, um grito apaixonado por uma compreensão mais profunda da realidade que nos circunda. A obra nos transporta para as entranhas do pensamento humano, desafiando os conceitos estabelecidos e exigindo que reconsideremos tudo o que achamos saber.
Ao mergulharmos nas páginas dessa obra, somos confrontados com a célebre alegoria da dualidade entre ser e não ser, um tema que reverbera através dos séculos e que ainda ecoa nas discussões contemporâneas sobre identidade e existência. Platão, com sua narrativa vigorosa e rica em metáforas, propõe uma reflexão que não apenas instiga a mente, mas também provoca uma visceral emoção em nosso ser. A tensão entre o que percebemos e o que realmente é nos obriga a questionar nossa própria vida, nossos valores, nossas crenças.
Os leitores, ao se depararem com os diálogos de Parmênides, muitas vezes expressam uma mistura de admiração e frustração. Muitos elogiam a profundidade das ideias apresentadas, destacando como a obra ilumina questões ontológicas que, à primeira vista, podem parecer abstratas, mas que ressoam intensamente em nossas experiências cotidianas. Por outro lado, há críticas concernentes à densidade do texto e à dificuldade em decifrar as nuances do pensamento de Platão. Essa polaridade de opiniões não é mera casualidade; é o reflexo da grandiosidade da obra, que instiga tanto ardor quanto confusão.
Neste clássico, Platão não apenas decide sobre o que é real, mas também estabelece as bases para toda uma tradição filosófica que influenciou pensadores como Aristóteles, Descartes e até mesmo os existencialistas do século XX. A profundidade de sua análise sobre o ser e o não-ser transcende os limites da filosofia, penetrando em territórios da física, da teologia e da psicologia. Você sente a pressão dessa herança pulsando enquanto lê, como se cada frase fosse uma chave abrindo portões de entendimento que antes estavam trancados.
No contexto histórico, a obra surge em um momento de transição e questionamento na Grécia Antiga, onde o conhecimento e a verdade começaram a ser apreciados como nunca antes. Essa busca incessante pelo saber nos mostra que a filosofia é uma arte viva, sempre em evolução, sempre necessária. Ao refletir sobre Parmênides: 2, não estamos apenas lidando com o pensamento de Platão, mas com uma interrogação fundamental sobre a própria natureza da realidade.
Se você ainda não se deixou seduzir por essa obra, está perdendo uma oportunidade valiosa de expandir suas percepções e desafiar suas convicções. Platão não te dá as respostas; ele te força a cavar profundamente, a se questionar, a se reinventar. O que é real? O que é verdade? A resposta pode ser mais do que você imagina.
Em um momento em que a superficialidade predomina, Platão se ergue como um farol, iluminando o caminho para aqueles corajosos o suficiente para seguir. É uma jornada que vai muito além das páginas; é um convite a se confrontar, um chamado à reflexão. Não deixe que a dúvida o paralise. A busca pela verdade, assim como a própria obra, é um percurso que vale a pena ser trilhado.
📖 Parmênides: 2
✍ by Platão
🧾 144 páginas
2003
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