Picolé de manga-rosa
Antônio Ferreira Flo Guinho
RESENHA

Picolé de manga-rosa é mais que um título. É um convite a um mergulho profundo nas águas doces da infância e nas complexidades que vão além da simplicidade de uma iguaria tropical. Neste livro, Antônio Ferreira Flo Guinho nos apresenta uma narrativa rica que nos transporta para um universo onde o sabor e a nostalgia dançam de mãos dadas, evocando memórias que talvez estejam adormecidas em cada um de nós.
Em suas 80 páginas, esta obra é uma ode à leveza dos momentos simples, onde a infância é eternizada através de cores e sabores. O picolé de manga-rosa não é apenas uma sobremesa; é um símbolo, uma representação dos verões longos, das risadas sob o sol escaldante e das tardes despreocupadas que moldam nossas almas. Flo Guinho, com sua prosa delicada, nos obriga a lembrar que a vida é feita de fragmentos assim, e que cada lembrança pode se transformar em um manancial de sentimentos indescritíveis.
Os leitores não conseguem ignorar a magia que paira sobre as palavras de Guinho. Alguns têm a ousadia de criticar a simplicidade da proposta, alegando que o autor poderia ter explorado mais camadas. Entretanto, é nessa mesma simplicidade que reside o poder da obra. Picolé de manga-rosa instiga reflexões sobre o que realmente é significativo. O que importa é a essência, e não a complexidade dos enredos. A beleza aqui é crua, como o sol que derrete um picolé na mão de uma criança.
O autor, com uma sensibilidade de quem entende a delicadeza das emoções humanas, transforma a leitura em uma experiência quase etérea. É um convite à fraternidade e à solidariedade, um lembrete de que todas as nossas histórias são entrelaçadas. Ele nos faz questionar não apenas nossas memórias, mas a própria sociedade em que vivemos, mesmo que de maneira sutil.
Este livro fala, em última análise, sobre conexões humanas, sobre como os momentos mais simples podem ter um impacto duradouro. As opiniões sobre a obra são diversas, revelando um diálogo vibrante entre leitores que se veem refletidos nas páginas. Muitos exaltam a nostalgia despertada, enquanto outros propõem à crítica uma visão mais ampla da literatura infantojuvenil e suas interpretações. É essa discussão que permanece, escandalosa e poderosa, como as lembranças de uma infância perdida mas não esquecida.
Um picolé de manga-rosa é um pequeno pedaço de felicidade, e Guinho nos lembra que vale a pena saborear a vida, mesmo que de maneira efêmera. Depois de mergulhar nessa obra, é impossível não se perguntar: o que é que faz você voltar à essência dos seus dias mais felizes? As paletas de cores, a textura do picolé, ou apenas o calor do sol que ainda toca a sua pele?
Por fim, Picolé de manga-rosa é uma experiência sensorial que nos instiga não apenas a refletir sobre a infância, mas a resgatar essa criança que existe dentro de nós. Não perca a chance de sentir a doçura e a fragilidade de cada momento, e quem sabe, ao virar a última página, perceber que a vida é um eterno picolé esperando por você. 🍧✨️
📖 Picolé de manga-rosa
✍ by Antônio Ferreira Flo Guinho
🧾 80 páginas
1998
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