Preta, parda e pintada
Helena Gomes
RESENHA

A obra Preta, parda e pintada de Helena Gomes é um verdadeiro grito na literatura brasileira, uma reflexão inabalável sobre identidade e pertencimento que reverbera nas páginas do cotidiano. Este livro, com suas 64 páginas pulsantes, não é apenas uma leitura; é um convite à introspecção, um mergulho nas nuances do ser e do não ser, na complexidade de ser mulher em um Brasil multifacetado, onde tons de pele se entrelaçam com histórias de luta, resistência e amor.
A autora, reconhecida por sua capacidade de tocar em temas espinhosos com delicadeza e força, nos conduz por um universo onde a cor da pele não é apenas uma característica física, mas sim um marcador social que define vivências e narrativas. É impossível não se emocionar ao percorrer as trajetórias que surgem de suas palavras, que parecem dançar na mente do leitor como um samba de roda, vibrante e cheio de significados ocultos. Gomes faz uma alusão poderosa à diversidade e à complexidade das raízes africanas que permeiam a cultura brasileira, nos obrigando a encarar um espelho que reflete não só os outros, mas também a nós mesmos.
Crítica e aclamada, Preta, parda e pintada provoca debates acalorados entre os leitores. Uns exaltam a força com que Helena aborda a questão racial, enquanto outros aplaudem sua poética visceral, capaz de gerar identificação a partir de experiências que ecoam nas parcelas mais profundas da alma. Comentários de leitores destacam a necessidade de obras como esta num cenário literário que frequentemente ignora vozes periféricas. É um chamado à ação, uma lembrança de que cada um de nós tem sua própria história a contar, e que essas histórias, mesmo nas sombras, têm o direito de brilhar intensamente.
A narrativa é uma janela aberta para a diáspora africana, um espaço onde cada palavra carrega consigo não apenas a carga emocional, mas também a urgência de um discurso que clama por mudanças. Gomes não se limita a descrever; ela provoca, questiona e instiga reflexões que reverberam na consciência coletiva. Sua escrita é um potente antídoto contra a apatia, uma forma de resistência que se recusa a se calar diante do silenciamento imposto por uma sociedade ainda marcada por desigualdades.
Diante disso, é difícil não sentir a necessidade de compartilhar e multiplicar essa obra. Ao ler Preta, parda e pintada, você não está apenas consumindo palavras; você está engrossando a corrente de resistência e empoderamento que floresce em cada esquina deste país. A emoção é palpável, e a vontade de agir, contagiante. Ao virar a última página, a pergunta que fica é: como você, leitor, vai se posicionar diante das questões levantadas? A resposta pode mudar não apenas a sua vida, mas também a vida de muitos ao seu redor. 🌍✨️
Em suma, ao mergulhar nas páginas de Helena Gomes, você não apenas lê; você sente. A obra toca nas feridas, mas também oferece curas, e é isso que a torna imprescindível para quem deseja entender o Brasil em sua essência mais crua e verdadeira. Portanto, a cada palavra, cada verso, somos obrigados a nos confrontar com a realidade e a beleza das cores que somos e podemos ser.
📖 Preta, parda e pintada
✍ by Helena Gomes
🧾 64 páginas
2019
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