Preto feito urubu
Dorothy Bezerra Linhares
RESENHA

Preto feito urubu transita por um universo visceral, onde a realidade se mescla com a poesia da resistência. A autora, Dorothy Bezerra Linhares, mergulha no cotidiano de personagens que desafiam as adversidades com uma força silenciosa, mas avassaladora, levando o leitor a uma jornada de insights sobre a identidade e o pertencimento.
Nas páginas de Preto feito urubu, somos apresentados a um Brasil pulsante, onde a luta contra a opressão se revela em cada esquina. A narrativa é um grito que ecoa a luta dos marginalizados, uma ode à ancestralidade que resgata a dignidade em meio ao desespero. A obra não se limita a contar histórias; ela provoca, instiga e, acima de tudo, ensina sobre a importância de não calar-se frente à injustiça. A escrita de Linhares é uma explosão de cores, emoções e realidades, que se entrelaçam com a esperança e a resistência.
Os comentários dos leitores revelam um panorama de emoções dilacerantes e reflexões profundas. Muitos destacam a capacidade da autora de evocar sentimentos de tristeza e raiva ao abordar questões como racismo e desigualdade social. Outros, em contrapartida, elogiam a forma como as narrativas de vida entrelaçam-se com a cultura brasileira, proporcionando uma visão mais rica e autêntica da luta cotidiana. As opiniões são variadas, mas há um consenso: Preto feito urubu é mais do que uma leitura, é um chamado à cidadania e a uma consciência social mais aguçada.
As discussões que permeiam a obra não são apenas literárias; elas fazem parte de um contexto histórico quente e atual. Desde a luta antirracista até as manifestações pelo direito à cidade, cada linha escrita por Linhares reflete uma realidade que continua a se desdobrar ao nosso redor. Por trás de cada página, há uma verdade que precisa ser enfrentada e discutida. É a resistência de um povo que não se deixa abater, mesmo diante das adversidades que historicamente o marginalizam.
Por ser uma obra profunda e impactante, há críticas que a acusam de ser excessivamente melancólica ou até mesmo pessimista. Contudo, é exatamente essa dor, essa frustração, que confere à narrativa uma autenticidade incomparável. Dorothy transforma sua angústia em arte, e cada crítica é um convite ao diálogo: se sentir raiva ou tristeza é parte do processo de evolução humana.
Ao final desta leitura, não se pode simplesmente fechar o livro e voltar ao cotidiano como se nada tivesse acontecido. Preto feito urubu te obriga a enxergar, a sentir e, sobretudo, a refletir sobre seu papel na sociedade. Este livro se tornou um manifesto, um berro profundo contra o silêncio que nos rodeia. Com ele, você encontrará não apenas a beleza das palavras de linha em linha, mas também a força de um clamor que ecoa através do tempo. Não se permita ficar de fora dessa revolução literária que, sem dúvida, vai marcar sua maneira de ver o mundo.
📖 Preto feito urubu
✍ by Dorothy Bezerra Linhares
🧾 120 páginas
2020
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