Primeiro eu tive que morrer
Lorena Portela
RESENHA

Primeiro eu tive que morrer não é apenas um título intrigante; é um chamado à introspecção, uma provocação visceral que reverbera na mente e no coração de quem se atreve a abrir suas páginas. Lorena Portela, ao mergulhar neste território tão delicado quanto inquietante, nos convida a examinar as profundezas da existência, do amor, da dor e das transformações que a vida impõe. 🌌
Nesta obra, Portela expõe, com maestria, o dilema humano que todos enfrentamos: a luta entre o que somos e o que a sociedade espera que sejamos. A narrativa é uma dança entre a vida e a morte, onde cada escolha traz à tona a fragilidade do ser. É uma metáfora poderosa, e a autora faz isso com a sutileza de quem entende que cada palavra deve ser escolhido a dedo, como se fossem peças de um quebra-cabeça emocional, que se encaixa perfeitamente nas vivências de cada leitor.
O impacto emocional que Primeiro eu tive que morrer provoca é inegável. Os comentários dos leitores variam de uma profunda apreciação pela habilidade narrativa de Portela até reflexões dolorosas sobre suas próprias experiências. Muitos se identificam com a protagonista, refletindo sobre suas próprias mortes simbólicas - aquelas que vivenciamos quando deixamos para trás crenças, relacionamentos e até partes de nós mesmos que já não nos servem. 💔
A obra toca nas feridas abertas da sociedade contemporânea, onde as máscaras sociais muitas vezes ocultam verdades profundas. O leitor é forçado a refletir sobre sua própria jornada e suas renúncias, capturando a essência do que significa "morrer" para renascer. É uma leitura que obriga você a se confrontar e, ao mesmo tempo, oferece consolo - afinal, todos nós já estivemos à beira do abismo, olhando para baixo, e contemplando o que deixaremos para trás.
Portela, com uma prosa que flui como um rio caudaloso, revela não apenas a importância do autoconhecimento, mas também a necessidade da aceitação e da superação. Em tempos de crise, quando as incertezas nos cercam, a obra emerge como um farol. Ao falarmos das mortes que atravessamos, somos lembrados de que, assim como a natureza, o eu se renova constantemente.
A leitura de Primeiro eu tive que morrer é uma experiência transformadora que, com certeza, deixará cicatrizes de reflexão e emoção. Ao final, você não sairá apenas com a sensação de ter mergulhado em um mundo de palavras - sairá com um novo entendimento sobre sua própria jornada de vida. É um convite à reflexão e, quem sabe, à sua própria ressurreição. 🌱
📖 Primeiro eu tive que morrer
✍ by Lorena Portela
2022
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