Puratig
O remo sagrado
Yaguarê Yamã
RESENHA

A Puratig: O remo sagrado, de Yaguarê Yamã, não é apenas um simples livro. Este é um convite visceral à reflexão sobre nossas raízes, sobre a força do simbolismo indígena e a urgência do respeito à diversidade cultural. O autor, com sua sensibilidade aguçada e voz potente, nos transporta para um universo onde a natureza, a espiritualidade e a ancestralidade se entrelaçam num todo indissolúvel. 🌿
Com apenas 48 páginas, essa obra é um verdadeiro grito por reconhecimento. Cada verso, cada ilustração - que é uma obra-prima em si - ecoa a luta por preservação e identidade. Yamã, que é filho de uma rica tradição indígena, não apenas discorre sobre suas vivências, mas insere o leitor em uma narrativa envolvente, quase como uma cerimônia sagrada, onde o remo se torna a representação de uma cultura que resiste ao tempo e à opressão.
A influência dessa obra vai além das páginas - ela reverbera nas vozes que clamam por justiça e igualdade. Kaipora, a força mística que permeia a história, é também um eco da luta a que muitos povos indígenas têm se submetido. As críticas poderosas trazidas à tona nos comentários dos leitores demonstram o impacto que o livro causou. "É um tapa na cara do preconceito", disse um crítico. Outro ressaltou que "Yaguarê transforma dor em poesia". É isso mesmo! Entre as mais controversas, destaca-se a sensação de impotência diante da apatia em relação ao rico patrimônio cultural brasileiro.
As páginas de Puratig - recheadas de simbolismo e criatividade - estão impregnadas de uma urgência histórica. Em tempos de polarização e desmatamento, ao mergulhar neste universo, você não apenas lê, você sente. Cada página é um chamado à ação, uma dança entre o sagrado e o profano. Ao acessar a profundidade cultural dos povos originários, o livro te obriga a encarar a realidade amarga e as injustiças que desafiam a nossa humanidade.
As emoções são palpáveis a cada virada de folha. A história não é linear, mas se entrelaça como um rio que corre veloz entre memórias e desafios. A objetividade que a obra apresenta é um convite para um passeio por uma cultura que resiste - e que, mesmo em sua fragilidade, empodera. Há um poder demoníaco nas palavras de Yamã que não apenas informam, mas transformam a maneira como você vê a si mesmo e o mundo.
A conclusão é inevitável: Puratig: O remo sagrado é uma obra que transcende seu formato e torna-se um manifesto. Se você ainda não teve a chance de mergulhar nessa experiência única, está perdendo uma oportunidade valiosa de se conectar com a essência da identidade indígena e da luta por um mundo mais igualitário. Não fique de fora dessa jornada - venha e descubra. O remo está ao seu alcance, pronto para conduzi-lo em águas profundas e reveladoras. ⚓️✨️
📖 Puratig: O remo sagrado
✍ by Yaguarê Yamã
🧾 48 páginas
2013
#puratig #remo #sagrado #yaguare #yama #YaguareYama