Que cabelo é esse, Bela?

Simone Mota

RESENHA

🌟 "Que cabelo é esse, Bela?" é um convite indecoroso para nos imergirmos na mais pura e autêntica essência da identidade! Este livro da talentosa Simone Mota arrebata o leitor com uma onírica exploração das nuances de autoaceitação, colorida por traços de resiliência e diversidade.

A pequena Bela nos guia através das suas reflexões sobre que tipo de cabelo é o mais belo, o que nos arremessa numa montanha russa emocional oriunda de questionamentos cruciais que todos nós, em algum momento, já enfrentamos. Este não é apenas um livro infantil! Falar verdade: é um manifesto de celebração do cabelo crespo e de toda a sua história e percalços, subvertendo estereótipos e intensificando o orgulho pela ancestralidade.

Simone Mota, engajada e atenta aos movimentos sociais contemporâneos, conseguiu enfileirar palavras e figuras em uma narrativa que toca tanto crianças quanto adultos, obrigando-nos, quase impiedosamente, a revisitarmos conceitos de beleza e aceitação que nos foram empurrados goela abaixo ao longo dos anos.

Cada página é uma explosão vibrante que não poupa o instinto de autoavaliação do leitor, tornando-se uma experiência vívida que vai para além da estética. Sim, as ilustrações são um capítulo à parte - uma sensação absoluta de encantamento que nos faz querer parar e absorver cada detalhe. O toque do ilustrador transcende o visual, agregando texturas emocionais que transbordam das páginas.

A jornadinha interna da Bela nos faz repensar: Como valorizamos nossas características únicas? E como isso impacta todas as áreas da nossa vida? Sim, é um golpe quase cirúrgico no cerne da autoestima, oportunamente usando um tema tão trivial quanto abrangente: o cabelo!

A flor da leitura brota nas reações sinceras, nos impecáveis sustos e nas iluminadas realizações que a considerável legião de fãs testemunha avidamente. Depois de atravessarem a ponte construída por Simone, muitos leitores dizem que se tornaram mais conscientes e autoaceitáveis, adotando um olhar transformado sobre si mesmos e sobre a sociedade.

A autora cria um brilhante ponto de convergência entre a pureza da infância e as profundas problemáticas da construção identitária. Pode-se sentir a potente reverberação de uma escrita comprometida com a diversidade e a inclusão, erigindo em ponto alto um baluarte onde todos os tipos de cabelo se representam e se glorificam.

Ressalvo o alerta: Abraçar esta obra não é uma leitura passiva. Deixe seus medos de lado e se jogue na fatídica compreensão de que os padrões de beleza nada mais são que grades enferrujadas impostas em nosso ser. Abra o coração, solte o cabelo e vem ser Bela você também! 🌸

Os leitores não cospem palavras de elogio à toa: a pequena Bela é a nova cara da resistência à uniformidade. Este conto promete arrebatá-lo para além das simples discussões banais sobre aparência, proporcionando insigths inesperados que transcendem bem mais do que um punhado de páginas poderia sugerir.

Não se permita ser absorvido por um reflexo estéril no espelho. Jogue-se nesta obra com alma, apreciação e, talvez, um penteado novo. ✨️