Roberto Civita
O dono da banca
Carlos Maranhão
RESENHA

Roberto Civita: o dono da banca não é apenas uma biografia, mas uma travessia fascinante por um dos períodos mais cruciais da história da comunicação no Brasil. A narrativa do autor Carlos Maranhão não apenas revela os altos e baixos da vida de Civita, mas tece um rico panorama do impacto que a Editora Abril teve na formação da opinião pública brasileira. Um passeio por estas páginas é como uma aula de história em que o protagonista é um icônico empresário das letras, cuja trajetória simboliza a metamorfose dos meios de comunicação no país.
Civita, muitas vezes considerado um gênio visionário, não foi isento de controvérsias. Suas decisões calcadas na ousadia transformaram a Abril na maior editora de revistas da América Latina. No entanto, tal ascensão às alturas gerou uma série de inimizades e rivalidades. Através das páginas de Maranhão, somos confrontados com as mazelas e as glórias que cercaram a vida deste mago da comunicação. A cada capítulo, o leitor é tomado por uma montanha-russa de emoções, que vai da admiração à incredulidade, passando pela reflexão e até pela indignação.
A obra é, sem dúvida, um mergulho na importância de Civita na construção da imprensa e do papel que ele defendeu com garra: promover a liberdade de expressão em um país fragilizado por ditaduras e censuras. Através de suas ações, ele influenciou uma geração de jornalistas, editores e até mesmo o modo como as pessoas consumiam informação. Como alguém que transitava entre a ambição e a ética, Civita chegou a ser retratado como uma figura quase mítica, moldando o discurso nacional por meio de suas publicações.
Entretanto, nem todos são fãs. Os comentários da crítica e dos leitores revelam um farto espectro de opiniões. Para alguns, a biografia pode ter se tornado uma glorificação excessiva de um personagem com suas falhas - outros, contudo, veem uma análise necessária das complexidades de uma figura que perpetuou uma era nas comunicações. A crítica é acirrada: enquanto alguns aplaudem as lições que podem ser extraídas, outros questionam a profundidade com que são abordados os aspectos menos positivos da trajetória de Civita.
E assim, em cada capítulo, a obra não apenas revela secrets, mas provoca uma reflexão: até que ponto o poder da mídia pode ser benéfico ou prejudicial? Em tempos de desinformação e polarização, a jornada por entre as folhas de Roberto Civita: o dono da banca torna-se ainda mais relevante. É um chamado para que nós, leitores, reavaliemos nosso papel na construção e na crítica das narrativas que nos cercam.
Ao final, o que fica? O legado de Roberto Civita transcende seu nome. O livro de Maranhão se torna um convite irresistível para desbravar não só a figura do homem por trás da banca, mas também a essência de um Brasil onde a comunicação tem o poder de moldar pensamentos, opiniões e, muitas vezes, a própria história. Não perca a chance de absorver essa história recheada de nuances; o impacto é garantido!
📖 Roberto Civita: o dono da banca
✍ by Carlos Maranhão
🧾 568 páginas
2016
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