Saúde mental
Retratos de crianças esquecidas
Flávia Blikstein
RESENHA

Saúde mental: Retratos de crianças esquecidas é uma obra que transcende as páginas e penetra a alma. Neste livro, Flávia Blikstein não se limita a relatar; ela clama por justiça, revelando a vulnerabilidade e os desafios que muitas crianças enfrentam em um mundo que, frequentemente, as ignora. Com uma escrita sensível e impactante, a autora nos leva a refletir sobre a saúde mental infantojuvenil, um tema pulsante e, muitas vezes, negligenciado.
Ao mergulharmos nas histórias contadas, somos confrontados com a dura realidade de vidas marcadas por traumas e dificuldades. Blikstein pinta retratos vívidos de crianças que vivem à margem, invisíveis aos olhos de uma sociedade que se apressa e que, em sua pressa, esquece o essencial: as vozes desses pequenos seres que clamam por atenção e cuidado. Cada página é um convite para olharmos além do que está à nossa frente e nos depararmos com as feridas que insistem em sangrar, mesmo que à sombra do silêncio.
Os comentários e opiniões de leitores revelam um impacto emocional profundo. Muitos relatam que o livro os desafiou a olhar para suas próprias infâncias e a reconhecer feridas que, por anos, ficaram adormecidas. Outros expressam uma sensação de urgência: precisamos agir. Esse clamor ecoa nas críticas, tanto positivas quanto negativas. Alguns leitores ressaltam a coragem de Blikstein em abordar temas como a depressão infantil e a ansiedade, enquanto outros questionam se a obra consegue, de fato, promover mudanças concretas na realidade dessas crianças. O debate está aberto, e o livro se torna um campo fértil para reflexões mais profundas.
O aspecto histórico é inegável. Publicado em meio a uma pandemia que exacerbou as questões de saúde mental, Saúde mental: Retratos de crianças esquecidas serve como um grito no vasto deserto do descaso. Em tempos em que a saúde mental é discutida de maneira mais aberta, a voz de Blikstein ressoa, oferecendo não apenas um diagnóstico, mas também uma porta de entrada para o entendimento e a compaixão.
Em um estilo quase teatral, Blikstein é capaz de usar palavras que cortam como facas e carinhos que aquecem. Seu trabalho não é apenas uma exposição de dores; é uma convocação para que enxerguemos o outro, para que nos tornemos agentes de mudança. Ao ler este livro, é impossível não se sentir parte de algo maior, uma rede de solidariedade que se estende até àqueles que ainda não conhecemos, mas que, com suas experiências, podem mudar o mundo.
Não se trata apenas de um relato. Trata-se de uma jornada emocional que nos obriga a perguntar: o que fazemos para que essas vozes não sejam mais esquecidas? A responsabilidade é nossa. Portanto, ao virar cada página, deixe-se tocar, inspire-se e, quem sabe, torne-se um defensor ativo dos que não têm voz. Saúde mental: Retratos de crianças esquecidas não é uma obra a se esquecer; é uma semente plantada em nossos corações, esperando o momento certo para florescer. 🌱
📖 Saúde mental: Retratos de crianças esquecidas
✍ by Flávia Blikstein
🧾 272 páginas
2021
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