Setembros
Elizabeth Gontijo
RESENHA

Setembros é uma obra poderosa que revive emoções latentes, fazendo o leitor balançar entre a nostalgia e a urgência do presente. Elizabeth Gontijo, com sua prosa afiada e sensível, nos transporta a um universo onde passado e presente se entrelaçam, obrigando-nos a confrontar nossas próprias memórias e sentimentos de perda e renovação.
A autora, originária de um contexto rico em nuances culturais, entrega aos leitores uma narrativa que parece um elo perdido entre suas próprias experiências e as coletivas de uma sociedade que já não se reconhece. Com apenas 83 páginas, Gontijo demonstra que a profundidade não está na extensão, mas na intensidade das emoções que consegue evocar. Os comentários dos leitores refletem essa conexão, evidenciando que muitos foram levados a revisitar suas histórias pessoais após se depararem com as reflexões da autora.
De forma contundente, a obra nos faz questionar: o que realmente significa viver em um mundo que muda a cada instante? O peso dos "setembros" em nossa trajetória revela-se tanto um fardo quanto uma oportunidade de transformação. Comentários entusiasmados apontam para a capacidade da autora de tocar em feridas abertas, mas também de trazer à tona esperanças renovadas, de forma que a dor e a beleza coexistem de maneira intrínseca.
Os momentos de drama são intensamente explorados, conduzindo o leitor a uma montanha-russa emocional. É nesse vai e vem que Gontijo nos faz sentir a urgência do agora. O leitor se vê imerso, quase sufocando com a pressão do que já foi vivido e o que ainda está por vir. A crítica a respeito da obra varia entre aqueles que a consideram um relato corajoso de resiliência e os que a acusam de ser excessivamente melancólica. Essa polarização é, na verdade, um reflexo da sociedade que habitamos, repleta de vozes e emoções contraditórias.
Neste mar de sentimentos, Setembros se destaca como um grito de dor, mas também como um convite à reflexão. A cada página, somos confrontados com a inevitabilidade da mudança e a necessidade de abraçar nosso próprio processo de superação. A obra faz jus a seu título, trazendo à tona a carga emocional que cada um de nós carrega ao longo dos anos.
Através de palavras que pulsão e ressoam em cada leitor, Gontijo não apenas narra; ela instiga. É um alerta, um chamado à ação. Precisamos reconhecer nossos próprios setembros, aqueles momentos em que tudo parece desmoronar, e ainda assim, ter a coragem de recomeçar. A sensação de que não estamos sozinhos nessa caminhada é um dos maiores presentes que a autora nos entrega.
Portanto, embarcar na leitura de Setembros não é meramente uma escolha, é uma pequena revolução interna. Se você ainda não se permitiu essa experiência, prepare-se, pois está prestes a descobrir a sutileza de reconhecer-se nas palavras de alguém que, como você, também busca sentido em meio ao caos. ✨️
📖 Setembros
✍ by Elizabeth Gontijo
🧾 83 páginas
2016
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