Só faltou o título
Reginaldo Pujol Filho
RESENHA

Só faltou o título é um verdadeiro manifesto literário que provoca, desestrutura e, ao mesmo tempo, instiga cada fibra da sua essência. Reginaldo Pujol Filho não simplesmente escreve; ele provoca a reflexão e o riso, entrelaçando crítica social com uma leveza peculiar. Ao mergulhar nas páginas dessa obra, você pode esperar uma experiência que oscila entre o cômico e o profundo, revelando as nuances da condição humana.
Através de uma prosa envolvente e dialogal, o autor constrói um cenário que, a princípio, parece trivial, mas logo ganha contornos de complexidade emocional. "Só faltou o título" é, na verdade, uma provocação ao próprio conceito de enredo, onde cada parágrafo, como uma peça de um quebra-cabeça, convida você a reimaginar o que é a narrativa e a identidade. O que acontece quando a vida real se torna um labirinto de ironias e surpresas inesperadas? Reginaldo, com maestria, nos guia por esse emaranhado.
Os leitores são unânimes em afirmar que a obra provoca risadas genuínas, mas é a carga emocional que realmente marca. As críticas são incisivas, mas sempre entrelaçadas a um tom de esperança. Alguns podem achar que a abordagem direta e cheia de camadas esbarra em um realismo brutal, enquanto outros celebram essa sinceridade como uma lufada de ar fresco na literatura contemporânea. A dúvida persiste: você se sente à vontade com este nível de autocrítica e exposição?
Em tempos de polarização e superficialidade, a obra de Pujol Filho se destaca como uma necessidade. Ela não hesita em cutucar feridas sociais, questionar convenções e, por que não, desafiar a própria ideia de literatura. O autor revela sua capacidade de transformar o cotidiano em épico, analisando a trivialidade com profundidade e humor.
A magia de "Só faltou o título" reside em como ele instiga reflexões sobre a vida, o papel da literatura e, mais crucialmente, sobre nós mesmos. A risada que sai involuntariamente durante a leitura é mais do que uma simples reação; é um convite à introspecção. Ao término das 322 páginas, a sensação é de que você não apenas leu uma obra; você viveu uma experiência transformadora.
Neste livro, não existem respostas fáceis, e isso é o que o torna tão irresistível. Ao final, você pode até se questionar se realmente entendeu tudo, ou se, no fundo, o verdadeiro título está escondido sob as camadas do texto, esperando para ser descoberto. O que você vai escolher levar dessa leitura? Esse é o verdadeiro questionamento que Pujol Filho tece com tanta destreza. Assim, ao fechar o livro, a única certeza é a vontade de reviver a experiência, de navegar novamente por suas páginas e redescobrir, a cada leitura, uma nova perspectiva.
"Só faltou o título" é mais do que um convite; é um grito de liberdade literária. Venha descobrir sua própria interpretação, mas não se engane: a obra não vai te deixar sem marcas. E quem se atreve a entrar nessa jornada, certamente sairá transformado e, de uma maneira ou de outra, com um sorriso no rosto. 😏
📖 Só faltou o título
✍ by Reginaldo Pujol Filho
🧾 322 páginas
2015
E você? O que acha deste livro? Comente!
#faltou #titulo #reginaldo #pujol #filho #ReginaldoPujolFilho