Sueli, a serpente de suéter cor de cereja
Hermínia Duarte
RESENHA

Sueli, a serpente de suéter cor de cereja é uma pequena obra que, à primeira vista, pode parecer singela, mas esconde um turbilhão de significados que vão além das suas apenas seis páginas. Ao entrar no universo construído pela talentosa Hermínia Duarte, um turbilhão de emoções e reflexões brota do papel. Esta não é uma mera história de uma serpente; é um convite a explorar a complexidade dos sentimentos humanos e a importância da aceitação.
A história se desenrola ao redor de Sueli, uma serpente que se destaca pelo seu suéter de cor cereja, um elemento que por si só suscita questionamentos sobre identidade e aceitação. O que significa ser diferente? Como lidamos com as nossas peculiaridades em um mundo que clama por uniformidade? Hermínia, com uma sensibilidade imensa, tece uma narrativa que força o leitor a confrontar suas próprias percepções sobre o que é ser "normal" e o quanto esse conceito pode ser prejudicial.
Por meio de suas páginas, Duarte provoca risadas, mas também lágrimas. A maneira como a autora faz com que Sueli interaja com outros personagens revela uma vasta gama de realidades humanas: a solidão, o desejo de pertencimento e o poder da amizade. Os comentários dos leitores variam - enquanto alguns se encantam pela profundidade da mensagem, outros afirmam que a simplicidade na narrativa é o que a torna ainda mais impactante. Afinal, como a autora consegue, em tão poucas palavras, abordar temas tão profundos?
O contexto em que Sueli, a serpente de suéter cor de cereja foi escrita é igualmente relevante. Publicada em um mundo onde para ser aceito exigem-se máscaras e armaduras, a história atua como um bálsamo para aqueles que se sentem deslocados. A obra ecoa vozes de muitos que, em suas jornadas, se deparam com o preconceito e a exclusão, sublinhando a importância da empatia. A recepção crítica é um reflexo dessa ressonância emocional; as opiniões mais acaloradas geralmente giram em torno do desejo de ver mais obras que abordem a diversidade de forma tão gentil e poderosa.
À medida que você se aprofunda na narrativa, uma coisa se torna bastante clara: cada personagem tem uma serpente dentro de si, um aspecto que clama por aceitação. A carga emocional que a autora insere nas interações é um lembrete de que todos nós, em algum momento, precisamos de coragem para nos mostrarmos como realmente somos.
Os risos e as lágrimas, os abraços e os afastamentos que Sueli provoca ao longo da leitura nos fazem sentir parte dessa montanha-russa emocional. É um lembrete de que, não importa quão diferentes sejamos, a essência da humanidade nos une em nossa busca por pertencimento. Você não vai querer ficar de fora dessa reflexão poderosa e transformadora. Afinal, quem não gostaria de fazer parte da comunidade das serpentes coloridas? 🐍✨️
📖 Sueli, a serpente de suéter cor de cereja
✍ by Hermínia Duarte
🧾 6 páginas
2016
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